“Ainda que a Huawei tenha interesses comerciais, esses interesses são fortemente apoiados pelo Estado”, afirmou ao WSJ Michael Wessel, membro de um painel do Congresso norte-americano, que se encontra a escrutinar as relações entre os Estados Unidos e a China, num momento em que a guerra comercial entre os dois países parece atravessar um período de alguma acalmia.
Os Estados Unidos manifestaram a sua preocupação com a hipótese dos aparelhos tecnológicos da Huawei virem a alimentar o Governo chinês com dados de rede dos consumidores em todo o mundo, ainda que a Huawei diga que nunca entregaria a Pequim esses dados.
A maior parte do apoio, em torno de 46 mil milhões de dólares, foi concedida em empréstimos, linhas de crédito e outras assistências por entidades estatais.
A empresa poupou até cerca de 25 mil milhões de dólares em impostos entre 2008 e 2018, em resultado de incentivos fiscais concedidos à promoção do sector tecnológico.
Entre outras ajudas, a tecnológica desfrutou ainda de 1,6 mil milhões em subvenções e 2 mil milhões em descontos na aquisição de terrenos.
A Huawei fez saber através de um comunicado enviado ao WSJ que recebeu apoios “pequenos e não materiais” à investigação e que isso não é incomum, observando que grande parte das ajudas, por exemplo, através de isenções fiscais destinadas ao sector tecnológico, estava disponível a outras empresas.