Sociedade
GiraMais não deve substituir pagamento em numerário, defende especialista
O especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, afirmou que a utilização dos novos cartões GiraMais para os transportes públicos não pode substituir a forma de pagamento tradicional (em numerário).
Preocupado com a camada da população sem acesso aos documentos necessários para a obtenção dos referidos cartões, Denílson Duro defendeu uma combinação de diferentes formas de pagamento para a utilização dos transportes públicos.
“O que eventualmente nós temos aqui em Angola é o mau entendimento de como é que vão se aplicar esses cartões. Esses cartões podem ser utilizados como uma das formas de pagamento. Podemos ter várias formas de pagamento, mas ainda assim não se descarta a forma de pagamento em dinheiro”, disse, justificando com a “plena certeza de que, a nossa população, na sua totalidade não tem Bilhete de Identidade”, afirmou.
O especialista, que considera ter havido um impacto reduzido na população aquando da implementação da medida, justifica a situação com uma estratégia inadequada por parte do Governo e das empresas associadas na formulação deste projecto.
“Houve uma má estratégia da parte desta empresa que está a tutelar a emissão do cartão. O próprio executivo dialogou muito mal, formulou muito mal o projecto, ou seja, o projecto está numa fase claramente de ineficácia. Não teve resultado, é porque não impactou. A população não percebeu e nem quer, eventualmente, perceber como é que o Governo vai executar essas medidas”, disse.
Os cartões GiraMais entraram em funcionamento esta quarta-feira em algumas províncias do país, nomeadamente Luanda, Benguela, Huambo, Malanje, Cabinda e Huíla.