Economia
Garimpo ilegal impede compra de diamantes angolanos no mercado internacional
O garimpo de diamante, que ocorre nas regiões em que se explora, está a impedir a venda nos mercados internacionais. A revelação é do ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, quando respondia à audição dos deputados à Assembleia Nacional, nesta terça-feira.
De acordo com o governante, vários são os factores, entre internos e externos, que têm contribuído para a baixa procura pelo diamante angolano no mercado internacional, tendo defendido à necessidade do combate contra a extração ilegal, que tem propiciado a multiplicação de casos de branqueamento de capitais e a entrada ilegal de cidadãos estrangeiros nas zonas de exploração desse recurso natural.
Entre as consequências, apontadas pelo ministro Diamantino Azevedo, estão questões ambientais e de saúde para as populações.
“As vezes, dizem que os angolanos não têm oportunidade de investir no sector diamantífero. Não é verdade, esta lei, está dirigida aos angolanos, em actividade de pequena escala, no sector diamantífero”, começou por dizer, referindo-se ao instrumento jurídico que regula o sector extractivo no país.
“O que nós temos estado a dizer é que garimpo é ilegal [… e] contribui para o branqueamento de capitais, contribui para a emigração ilegal, prostituição, trabalho infantil, doenças várias e questões ambientais profundas” , afirmou, acrescentando que esta situação impede a compra nos mercados internacionais.
“As empresas de grande joalharia não compra o diamante angolano, por causa destes aspectos. E depois surgiu também o diamante sintéctico, hoje é uma realidade e compete com o diamante natural”, explicou.
Disse ainda que os produtores de diamante sintético apontam para factores mencionados para desencorajar a compra do diamante angolano, apontando os factores ambientais, aos quais “as pessoas são muito sensiveis”.
O ministro dos Recursos Minerais, Petroleo e Gás mostrou-se preocupado com um facto controverso, relacionado com a proibição e regulação de extração de diamante.
“A actividade ilegal de diamantes é proibida no país, mas ha este novo decreto que é produção semi-industrial, que permite as pequenas empresas, com pequeno equipamento [… ]” e permite explorar, disse.
Diamantino Azevedo disse ainda que são poucos os empresários nacionais que estão a explorar diamante ao abrigo desta lei.