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Sociedade

Funcionários da EASB paralisam distribuição de água em Benguela

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Os funcionários da Empresa de Águas e Saneamento de Benguela (EASB), agastados com o incumprimento do caderno reivindicativo entregue há mais de 3 anos junto da entidade patronal, interromperam o abastecimento de água potável na capital daquela província do Sul.

A estacão distribuidora de água potável, localizada no bairro da Graça, responsável por 80% do abastecimento do município de Benguela, capital da província, está parada desde a manhã desta segunda-feira, 14, devido à greve decretada pelo Sindicato da Empresa de Águas e Saneamento de Benguela.

Depois de terem paralisado todos os serviços, na semana passada, e anunciado a suspensão da greve, enquanto decorria o processo de negociações entre o sindicato, os responsáveis da EASB e membros do governo provincial, na pessoa do governador Luís Nunes, os trabalhadores voltaram a decretar greve por tempo indeterminado por não haver consenso entre as partes.

De acordo com o secretário provincial do sindicato da Administração Pública de Trabalho, Saúde e Serviço de Benguela, representante legal junto dos filiados da EASB, “a reivindicação deve-se porque os seus filiados estão a trabalhar em condições péssimas e falta de salário e que o caderno reivindicativo já está há mais de três anos junto da EASB”, disse.

O sindicalista disse ainda que a greve já devia ser decretada faz tempo, mas tem mobilizado os seus colegas até ao ponto que o sindicato perdeu o controlo dos mesmo por isso que se decretou a greve e a suspensão do fornecimento de agua a nível do município sede.

“Como as negociações não ocorreram conforme se previa porque, segundo a entidade patronal, diz que as instituições do estado não estão a pagar, e é o mesmo estado que não subvenciona a empresa de agua e saneamento de Benguela, e sem entendimento entre as parte voltaram a paralisar as actividades sem data para seu retorno”.

Por sua vez, a responsável das finanças da EASB, Eva Diname, disse que a greve decretada pelos trabalhadores é ilegal, mas reconhece que os trabalhadores deram entrada de um caderno reivindicativo há mais de três anos.

“De certeza que deram entrada de um caderno reivindicativo há três anos, mas realça que para este ano, remeteram um documento com declaração de greve, que informavam o conselho da administração que os trabalhadores iriam aderir uma greve, nos dias 7 a 9 de Junho deste ano”, disse e sublinha “quanto a tal documento não se devia transformar em greve”.