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Função Pública no Burkina Faso manifesta-se contra imposto nos subsídios

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Mais de 10.000 pessoas manifestaram-se hoje em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, contra a cobrança de impostos sobre os subsídios e bónus dos funcionários públicos daquele país.

Vários funcionários públicos, apoiados por trabalhadores do setor privado, percorreram as ruas de Ouagadougou, enquanto entoavam o hino nacional do Burkina Faso e gritavam palavras de ordem, como, por exemplo, “pão e liberdade para o povo” ou “excesso de impostos”, reportou no terreno a agência France-Presse.

O Governo do Burkina Faso estendeu, em fevereiro, o imposto único sobre os salários dos trabalhadores da Função Pública aos subsídios e aos bónus.

De acordo com as autoridades daquele país, a medida vai “corrigir uma injustiça e estabelecer uma equidade” com os trabalhadores do setor privado, que já estão sujeitos a este imposto.

Dos cerca de 200.000 funcionários públicos, 190.000 veriam o salário reduzido entre 1.000 e 5.000 francos CFA da África Ocidental (entre 1,5 e 7,5 euros).

“Os trabalhadores [da função pública] já estão sujeitos a múltiplos impostos. Esta nova tributação não vai mudar a situação do país”, referiu Sayouba Compaoré, um profissional de saúde de 43 anos.

Já o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho do Burkina (CGT-B), Bassolma Bazié, explicitou que “o que impressiona e indigna os trabalhadores e os cidadãos é que o Governo, quando escolhe atacar os trabalhadores, fecha os olhos aos desfalques, roubos, fraudes e outros ilegalidades que causam prejuízos”.

Os 50 sindicatos no Burkina Faso convocaram uma greve geral de 16 a 20 de março, período no qual também decorrerá uma marcha, em 17 de março.

O Presidente, Roch Marc Christian Kaboré, eleito em 2015, afirmou o compromisso com a redução da probreza no país, através de um Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, mas o Governo não conseguir mobilizar os cerca de 28 mil milhões de euros necessários para financiar o projeto.

Burkina Faso é um dos países mais pobres na região do Sahel, em África, e enfrenta diversos ataques de grupos extremistas ‘jihadistas‘, que sobrecarregam e desaceleram a economia nacional.

 

C/ Lusa

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