Desporto
França mobiliza 35.000 polícias para asseguramento dos Jogos Olímpicos
O ministro do Interior de França diz que a segurança dos Jogos Olímpicos vai ser garantida por 35.000 polícias nas ruas e por rigorosas verificações de segurança.
Segundo, Gérald Darmanin, não há ameaças concretas aos Jogos Olímpicos em Paris, que começam esta sexta-feira, 26. Isto depois de um processo de verificação que excluiu cerca de mil pessoas de assistir às Olimpíadas devido à suspeita de potencial “espionagem”.
As autoridades fizeram cerca de um milhão de verificações de antecedentes de voluntários, trabalhadores e outros envolvidos nos Jogos Olímpicos. Este processo também foi aplicado aos candidatos a passes para entrar na zona de segurança, ao longo das margens do Sena.
Estas verificações impediram cerca de 5.000 pessoas de participar. Destes “há mil pessoas que suspeitamos de interferência estrangeira, podemos dizer espionagem”, disse o ministro do Interior.
Outros foram sinalizados por suspeita de radicalismo islâmico, extremismo político de esquerda ou direita, antecedentes criminais significativos e outras preocupações de segurança.
“Não achámos que fosse uma boa ideia que estas pessoas fossem comissários de estádio, voluntários ou que acompanhassem as equipas. De um milhão de pessoas, 5.000 não é muito e mostra o trabalho profundo do Ministério do Interior”, disse o ministro.
“Estamos aqui para garantir que o desporto não seja usado para espionagem, para ciberataques ou para criticar e às vezes até mentir sobre a França e os franceses”, acrescentou.
Gérald Darmanin sublinhou que “interferir e manipular informações” não vem apenas da Rússia, mas também de outros países, apesar de não ter explicado quais.
Na segunda-feira, Gérald Darmanin publicou nas redes sociais uma carta manuscrita dirigida a dezenas de milhares de polícias, bombeiros, peritos em desativação de bombas, agentes dos serviços de inteligência e pessoal de segurança privada.
O ministro disse que “o maior evento global que um país pode organizar” está “finalmente” aqui, após quatro anos de preparação, mas notou que enfrenta desafios de segurança sem precedentes. “A vossa tarefa não será fácil”, escreveu.