Politica
FPU acusa MPLA de querer destruir a plataforma política
O Secretário Provincial da juventude da Frente Patriótica Unida (FPU) em Luanda, Domingos Palanga, disse que a legalização do PRA-JA Servir Angola e a designação de Abel Chivukuvuku para o Conselho da República visa fragilizar aquela plataforma política.
O político falava, no último sábado, no pograma “Geração 80”, da Rádio Correio da Kianda.
“Na nossa forma de ver, a legalização do Projecto Político PRA-JA foi por conveniência política e a indicação, portanto, do doutor Abel ao cargo de Conselheiro da República, provavelmente para suprir a vacatura deixada pelo mais velho Ismael Mateus, portanto, foi também por conveniência política, sem demérito ao PRA-JA e ao doutor Abel, porque temos relações de trabalho”, disse e acrescentou: “isto era previsível. Nós sabíamos que o presidente do MPLA não descansaria enquanto não desse sinal”.
Já, o militante do MPLA, Deodato Francisco, não entende as pessoas que ontem criticaram a não legalização e hoje apontam dedo ao partido no poder e ao Tribunal Constitucional por viabilização do partido.
E o politólogo, Agostinho Sicato disse que Abel Chivukuvuku estava atrelado a UNITA, agora tem a sua própria estrutura política.
“Quando o Tribunal não legalizou, a lógica era, ok, não estão a ajudar a FPU, mas estão a agir mal porque não querem que Abel Chivukuvuku entre na competição política. Ou seja, estamos aqui a falar de um dilema, se você legaliza é mal, e se não legaliza também é mal, não é mesmo? A lógica é que nós queremos colocar, nós temos dificuldades e eu compreendo bem o que Palanga diz, porque representa o espírito do partido que ele representa, que é a UNITA. Ou seja, não quer respeitar a independência das instituições, apesar da sua funcionalidade, não quer respeitar isso e atribui isto a certos actos, senão ela agiu de acordo com os princípios que o impera e é sua função fazê-lo”, avançou.