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FNLA tem até 31 de maio para apresentar listas em falta às eleições angolanas

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O Tribunal Constitucional de Angola fixou hoje, findo no domingo o prazo do processo de formalização de candidaturas, as listas de cinco partidos e uma coligação que vão concorrer às eleições gerais de 23 de agosto.

A FNLA, um dos históricos movimentos de libertação nacional, apresentou pelo círculo nacional uma lista de 130 candidatos, que tem como cabeça-de-lista Lucas Ngonda, candidato à eleição por via indireta à Presidência da República, seguido de Pedro Dala, nas eleições gerais de 23 de agosto deste ano.

A Constituição da República de Angola prevê, além da eleição de 130 deputados pelo círculo nacional, a eleição de 90 deputados pelos círculos eleitorais de 18 províncias, tendo a FNLA remetido ao tribunal apenas listas para as províncias de Luanda, Bengo e Huambo.

Em declarações à agência Lusa, o mandatário da FNLA, Gabriel Simão disse que problemas administrativos impediram que fossem apresentadas as restantes 15 candidaturas aos círculos provinciais.

Segundo Gabriel Simão, essa insuficiência “deveu-se principalmente a problemas nos registos criminais, que contribuíram bastante para o atraso do processo”.

“O maior atraso que tivemos foi com a emissão dos registos criminais, porque na mesma semana quase que todo o país não tinha sistema e fez com que nos atrasássemos, e mesmo até agora temos atraso de alguns registos criminais, além do Cunene, nalgumas províncias dos suplentes temos ainda algumas insuficiências”, frisou.

O mandatário da FNLA garantiu que o partido está pronto para colmatar as falhas iniciais, tendo já preparadas as candidaturas de 14 províncias, faltando ainda o Cunene, que pensam remeter ao tribunal até este fim de semana.

“Nós estamos preparados, não temos nenhum problema que nos impeça de concorrer às eleições, estamos preparados para suprir essas insuficiências”, disse.

A FNLA enfrenta há vários anos conflitos internos entre militantes, tendo como consequência mais recente resultado na suspensão de Lucas Ngonda da liderança do partido, decidida numa reunião do Comité Central convocado por alguns elementos do partido.

O autoproclamado presidente interino da FNLA, Fernando Pedro Gomes, justificou a decisão com um alegado “desvio grave da linha política”, daquela força política histórica, sendo por isso necessário “salvaguardar os interesses superiores do partido”.

O Tribunal Constitucional proferiu um acórdão em que legitimava Lucas Ngonda para a apresentação de candidatura às eleições gerais de 23 de agosto, porque a reunião do Comité Central em que se decidiu pela sua suspensão, não tinha observado os procedimentos estatutários para a sua convocação e realização.

Fundada por Holden Roberto, a FNLA é um dos três movimentos históricos da luta de libertação de Angola, juntamente com o MPLA e a UNITA.

Correio da Kianda / Lusa

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