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FMI regista ligeira recuperação económica em Angola, mas pede determinação ao novo governo.
No final da missão, o Sr. Velloso emitiu a seguinte declaração: “A economia angolana tem observado uma pequena recuperação ao longo do presente ano, mas continuam a existir desequilíbrios macroeconómicos substanciais. Espera-se que o produto venha a crescer 1,1 por cento e que a conta corrente externa venha a diminuir para 5,2 por cento do PIB, com a melhoria dos termos de troca de Angola. Contudo, a inflação continua alta.
Apesar do aumento das vendas de divisas pelo Banco Nacional de Angola que reduziram as reservas internacionais líquidas para US$14,9 mil milhões, o diferencial entre as taxas de câmbio do mercado paralelo e do mercado oficial continua a ser muito grande, existindo ainda uma lista de espera de pedidos de compra de divisas nos bancos comerciais. “Os desequilíbrios macroeconómicos devem ser atacados com determinação.
O novo governo está inteiramente ciente dos desafios e aprovou recentemente o Plano Intercalar de seis meses para orientar as acções de políticas até a divulgação do novo Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022. A missão fez um balanço dos desenvolvimentos económicos recentes e familiarizou-se com os planos das autoridades para fazer face aos desafios macroeconómicos.
O Plano Intercalar está adequadamente centrado nos objectivos de Fundo Monetário Internacional Washington, D.C. 20431 USA 2 intensificar os esforços de consolidação orçamental, introduzir maior flexibilidade da taxa de câmbio, e melhorar a governação e o ambiente de negócios, de modo a promover um crescimento mais rápido e inclusivo e a diversificação económica.
A missão manteve discussões frutuosas com Suas Excelências o Ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, o Ministro das Finanças, Archer Mangueira, o Ministro da Economia e Planeamento, Pedro da Fonseca, o Ministro do Comércio, Joffre Van-Dúnem Júnior, o Governador do Banco Nacional de Angola, José Massano, e com outros altos-quadros do executivo. A missão teve ainda discussões com membros da Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional e representantes do sector financeiro, sector privado não financeiro, empresa estatal de petróleo Sonangol, fundo soberano e comunidade diplomática