Diversos
Fernando Vunge: normalização do mercado cambial coroa esforços do Executivo
O economista e Professor Universitário Fernando Vunge considera considera acertada a medida anunciada pelo BNA para devolver aos Bancos Comerciais a autonomia na alocação de moeda estrangeira aos seus clientes, garantindo que a medida deverá contribuir para uma maior transparência e confiança por parte agentes económicos que recorrem aos Bancos Comerciais para obtenção de divisas para transacções internacionais.
Para o Professor Universitário, o contexto adverso registado no preço do petróleo nos mercados internacionais desde o segundo semestre de 2014 provocaram uma queda abrupta nas receitas provenientes das exportações e consequentemente uma redução considerável das Reservas Internacional Líquidas do país, facto que obrigou ao BNA empreender uma série de medidas conducentes a uma melhor gestão das RIL, com destaque para a implementação do regime de taxa de câmbio flutuante através de um intervalo de bandas, dentre outras, que têm contribuído para os actuais níveis da convergência cambial entre a taxa de câmbio oficial e a taxa de câmbio do mercado paralelo, desincentivando deste modo aos agentes económicos que transaccionavam divisas no mercado informal.
Outra medida implementada pelo BNA que Fernando Vunge considera acertada, é a retoma da venda livre através dos leilões de divisas, mantendo simultaneamente as Vendas Directas para garantir sobretudo as importações de bens essenciais como alimentos, medicamentos, Matérias-Primas e outros equipamentos cujo acesso aos importadores nalguns casos carecia de autorização dos Departamentos Ministeriais ou sectores previamente definidos pelo BNA, o que provocava algum descontentamento por parte de alguns agentes económicos que alegavam alguma desconfiança nos critérios de atribuição dessas Vendas Directas, pelo que o BNA ao devolver essa autonomia aos Bancos Comerciais vai ao encontro dessas reclamações dos agentes económicos.
BNA e Reserva Federal reúnem-se em Nova Iorque
Gestores do Banco Nacional de Angola (BNA) e da Reserva Federal dos EUA reúniram-se nesta quarta-feira em Nova Iorque, numa altura que Angola tenta recuperar a confiança dos bancos correspondentes americanos.
O encontro, segundo o governador do BNA, José de Lima Massano, será uma oportunidade de partilha de ideias sobre os desenvolvimentos mais recentes.
Em declarações à imprensa, José de Lima Massano declarou que o encontro vai servir para compreender as preocupações da Reserva Federal em relação ao mercado angolano.