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Feminicídios são muitas vezes motivados pelo pensamento patriarcal, diz analista

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O feminicídio é muitas vezes motivado no contexto angolano ou mesmo africano, pelo pensamento patriarcal, partindo da visão de que a mulher é minha e mais ninguém a pode ter.

A afirmação é da psicóloga clínica, Domingas Samoa, em declarações hoje, 03, à Rádio Correio da Kianda, analisando um feminicídio, onde uma alegada suspeita de traição conjugal terminou em tragédia no município de Banza Congo, província do Zaire. Um primeiro-sargento das Forças Armadas Angolanas disparou mortalmente contra a esposa, o filho e um vizinho, antes de tirar a própria vida.

O incidente ocorreu no bairro 11 de Novembro e foi confirmado pela Polícia Nacional através do intendente Luís Bernardo, do Gabinete de Comunicação e Imagem do Comando Provincial do Zaire.

Para a especialista, é urgente alertar as pessoas sobre a importância de manter-se controlo sobre questões de fórum psicológico, e quando identificados os sinais, procurar-se pela ajuda profissional.

“Temos de ter controlo com questões psicológicas, porque as pessoas apresentam certos comportamentos como depressão, paranóide e transtornos depressivos” alertou.

Domingas Samoa apela a massificação de palestras sobre a saúde mental nas comunidades, sobretudo nos órgãos castrenses.

“Quando se trata de situações como estas, devemos sempre é procurar identificar os sinais e ajudar” frisou a Domingas Samoa.

O caso, que choca pela brutalidade, levanta preocupações sobre os níveis de violência doméstica e interpessoal no país, bem como sobre a necessidade de mecanismos de prevenção e acompanhamento psicológico para cidadãos em situação de stress emocional, incluindo militares.

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