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FBI investiga ameaças de bomba a universidades negras
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou nesta quarta-feira, através das redes sociais, que o FBI está a investigar as ameaças de bomba dirigidas a várias universidades da comunidade negra.
“Os americanos têm o direito de estar seguros no trabalho, locais de culto e na escola. O FBI está a investigar as ameaças contra as nossas faculdades, universidades e locais de cultos historicamente negros”, afirmou Kamala Harris, numa publicação na sua conta da rede social Twitter.
Mais de uma dezena de universidades fundadas para a comunidade negra nos EUA receberam ameaças de bomba nos últimos dias, de acordo com denuncias de agências internacionais.
Perante a ameaça, algumas universidades interromperam e encerraram as suas actividades, como são os casos da Howard University, onde Kamala Harris estudou, e as universidades de Columbia, Morgan, Coppin, Fort Valley e Edward Waters.
As ameaças ocorreram numa altura em que se celebra o mês da herança negra, que comemora a história da diáspora africana.
Na ultima terça-feira, o marido da Vice-Presidente dos Estados Unidos da América, Doug Emhoff, foi retiradode um evento numa escola secundária de Washington, por agentes dos serviços secretos norte-americanos, após uma ameaça de bomba.
O marido de Kamala Harris estava na Dunbar High School para as comemorações do ‘mês da história negra’ e encontrava-se no museu desta escola, quando um membro da sua equipa de segurança o retirou do edifício.
Um anúncio nos altifalantes da escola instruiu os alunos, professores e funcionários para abandonarem as instalações, escreve o Diário de Noticias.
O porta-voz das escolas públicas do Distrito de Columbia, Enrique Gutierrez, que estava presente no evento, revelou que houve uma ameaça de bomba, embora sem se saber se esta ameaça esteve relacionada com a visita de Emhoff ou com o ‘mês da história negra’.
Também Katie Peters, porta-voz de Doug Emhoff, explicou que a escola alertou os serviços secretos para um “incidente de segurança ou informações sobre um possível incidente de segurança”.
A ameaça surgiu através de um telefonema para a receção da escola, anunciando que havia uma bomba no edifício e que as pessoas tinham dez minutos para sair, referiu o chefe da polícia, Ashan Benedict.
Esta informação foi transmitida aos serviços secretos, que retiraram Emhoff daquela zona, acrescentou.
A polícia utilizou equipas especializadas e cães para revistar o edifício, mas não se confirmou a ameaça, apontou Ashan Benedict.
Após o edifício ter sido evacuado, alunos, professores e outros funcionários reuniram-se no exterior, no campo de futebol da escola, e as atividades letivas foram suspensas.