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Familiares exigem esclarecimentos sobre real causa da morte de aluna em colégio

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Já repousam no Cemitério da Santa Ana, em Luanda, os restos mortais da pequena de 8 anos de idade, que em vida respondia pelo nome de Victória da Rocha, uma aluna do colégio Elisângela Filomena, que morreu na sexta-feira última, vítima de uma bala alegadamente perdida, quando assistia aulas.

Reagindo à imprensa, Guilherme Kuando, tio da pequena Victória, falou visivelmente emocionado sobre as últimas lembranças da sobrinha.

“Era uma menina alegre e com muitos sonhos”, lamentou.

Face às duas versões sobre a morte da menina, Guilherme Kuando pediu às autoridades policiais brevidade e rigor nas investigações para esclarecer o que de facto terá acontecido.

O tio da pequena Victória apelou aos pais e encarregados de educação a colaborarem com as informações, fundamentalmente junto dos seus educandos que terão estado na sala de aula quando o triste episódio aconteceu.

A directora da referida instituição, Fernanda Bravo, disse esta segunda-feira em conferência de imprensa, que as imagens que vazaram nas redes sociais permitem perceber a trajectória da bala, e como a aluna terá sido atingida, assegurando que com as imagens pode-se perceber o que aconteceu de facto.

A gestora escolar, avançou, por outro lado, que outros dados estão à disposição da Polícia Nacional.

Entretanto, o ministro do Interior, Manuel Homem, através de uma mensagem publicada na sua conta oficial do Facebook, prometeu para os próximos dias, um esclarecimento sobre a proveniência da bala que atingiu mortalmente a menor Victória da Rocha.

A reacção do ministro do Interior surge numa altura em que se avançam três versões sobre a verdadeira proveniência da bala que atingiu a região lombar da menina Victória da Rocha.

A primeira versão, avançada pela Polícia Nacional, aponta para uma bala perdida, ao passo que a segunda, não oficial, refere que a bala perdida que atingiu mortalmente a menina terá resultado de uma troca de tiros entre um agente da Polícia Nacional e um meliante nos arredores do Colégio privado e a última de um suposto disparo efectuado pelo seu colega.

ANEP garante acompanhamento psicológico aos estudantes 

Os estudantes, profissionais da instituição, pais e encarregados de educação vão receber por mais de trinta dias um acompanhamento psicológico, iniciativa da Associação do Ensino Particular em colaboração com a direcção da escola.

António Pacavira lamentou o caso da menor atingida por uma bala perdida no interior de uma sala de aula. De modo a reduzir o impacto psicológico afirmou ser necessário preparar uma equipa de psicólogos clínicos e psicopedagogos para um acompanhamento.

Por este motivo, o presidente da associação solicitou a colaboração dos pais e encarregados de educação no sentido de sensibilizarem as crianças a partir de casa e juntarem-se à equipa multissectorial criada, para o êxito do trabalho que começa a ser desenvolvido nesta semana.

Com Laurinda Lituai 




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