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Falta de hotéis condiciona turismo no Zaire

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Duas unidades hoteleiras com menos de cem camas é o que sustenta o turismo no município de Mbanza Congo, província do Zaire, o que condiciona a permanência de turistas que procuram conhecer no município Património Mundial da UNESCO, desde Julho de 2017.

O guia turístico, João Lusala, revelou haver aumento do número de visitantes ao centro histórico, desde o fim das restrições impostas pelas autoridades para a contenção da propagação da Covid-19.

“Temos recebido muitos turistas, nacionais e estrangeiros, nos últimos dois anos, mas a sua maioria regressa no mesmo dia que chega por falta da capacidade de alojamento”, lamentou.

O guia falando a Angop, considerou insignificante as duas unidades hoteleiras disponíveis em Mbanza Congo, frisando que a sua capacidade instalada nem sequer ultrapassa as 100 camas.

Explicou que funcionou, durante alguns anos, o hotel IU, do grupo AAA, localizado na periferia da cidade (bairro 11 de Novembro), que na sua opinião minimizava a situação e que agora se encontra inoperante.

Segundo disse, o surgimento de mais hotéis atrairia mais visitantes, mas, também, geraria mais pontos de trabalho para os jovens locais.

Já o munícipe Pedro Nlandu acredita que com uma aposta em hotéis em Mbanza Congo, os empresários só sairão a ganhar, justificando que a cidade é frequentemente visitada, nos últimos anos.

“O que temos visto é que boa parte dos investidores estrangeiros ficam confinados em Luanda”, sublinhou, para quem o país é vasto e com muitas potencialidades, onde estes podem investir.

O agente hoteleiro, Pascoal Simões, falou da necessidade da banca abrir-se ao financiamento dos agentes locais que actuam no ramo para que possam alavancar as suas actividades e criar unidades afins.

Na sua opinião, os grandes investidores, nacionais e estrangeiros, tardam a chegar a Mbanza Congo para aproveitar as oportunidades disponíveis, frisando que existe uma lacuna que pode perfeitamente ser preenchida por pequenas e médias iniciativas locais.

Apenas dois hotéis, o “Kongo” e o “Mirage”, localizados no casco urbano, estão disponíveis para acolher turistas na cidade de Mbanza Congo, incluindo algumas hospedarias no centro e na periferia, com baixa capacidade instalada.

No último mês de Fevereiro, esta cidade recebeu um grupo de 16 turistas nacionais e estrangeiros, que aproveitou a folga do Carnaval para se inteirar dos hábitos, usos e costumes da população local.

Em contacto com a imprensa, alguns visitantes sugeriram a abertura de mais hotéis nesta cidade, dando conta de haver maior interesse de muitos em visitar Mbanza Congo, mas que se esbarra na exiguidade de hospedagem para os acolher.

A directora do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, disse que o sector se tem desdobrado em sucessivos apelos para que os empresários do ramo hoteleiro invistam na província e em Mbanza Congo, em particular.

A responsável sublinhou que a região tem vastas zonas de atracção turística, algumas das quais ainda virgens, que clamam por investimentos para a sua rentabilização, com vantagens partilhadas em os empresários e a população local.

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