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Falta de fertilizantes condiciona produção agrícola no Canal do Cafu

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A falta de fertilizantes está a condicionar a produção agrícola ao longo do Canal do Cafu, na província do Cunene, construído para combater a seca e a fome naquela região do sul do país.

Os camponeses constituídos em cooperativas estão a queixar-se da falta de fertilizantes, cuja produção está condicionada pela falta de meios tecnológicos.

De acordo com os agricultores, os meios tecnológicos permitem acelerar o processo de trituração de capim, como forma de transformá-los em adubos. Em função disso, a alternativa tem sido o recurso a técnicas manuais, um processo que leva em média 90 dias.

“A matéria prima para a confecção deste adubo é o lixo. Excluindo os metais e os vidros e os plásticos, o resto confeccionado tudo. Mas nestas matérias todas encontramos algumas que são fibroses, papelão, e tudo isso às vezes nos leva tempo porque temos de fazer tudo de forma manual”, disse o presidente da Cooperativa de Agricultores do Cunene Hoje, Bernardo Caritoco, que sublinha que este processo é dispendioso.

Por esta razão, o líder associativo pede apoios no sentido de serem disponibilizadas máquinas que facilitem o processo, o que permitiria reduzir de 90 para 30 dias o tempo para que tenham os adubos prontos para serem distribuídos aos agricultores.

Já na zona de Ombala Yo Mungo, além de fertilizantes, os agricultores debatem-se com outros desafios, como a praga dos gafanhotos, como fez saber o Martins Bimba Hamba, responsável da cooperativa com o seu nome.

Recentemente, o secretário do Presidente da República para o sector Produtivo, Isaac dos Anjos, referiu, há uma semana, que a problemática da falta de fertilizantes para a produção agrícola ao longo do canal do Cafu tem os dias contados.

“Temos um concurso público para aquisição de fertilizantes este ano, para a próxima campanha agrícola. Estamos a começar cedo, graças a Deus, e vamos adquirir cerca de 250 mil toneladas”, anunciou, sublinhando que estas quantidades estão a ser distribuídos em quatro fases, de acordo a ordem de chegada dos referidos produtos ao país.

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