Desporto
FAF acusa a antiga direcção do general Pedro Neto de desvio de fundos.
O Presidente da Federação Angolana de Futebol, Artur Almeida e Silva, acusou este sábado, em conferência de imprensa, a antiga gestão do general Pedro Neto de ter deixado os cofres da FAF vazios e com uma dívida superior a 400 milhões de kwanzas.
Dívida que terá motivado o BPC a congelar 25 milhões de kwanzas do Orçamento Geral do Estado atribuído a FAF pelo Governo, este ano.
Artur de Almeida e Silva pede ao ministério das Finanças e ao ministério dos Desportos que assuma o passivo e que transforme esta dívida pública
“o ministério disponibilizou 25 milhões de kwanzas. Quando fomos ao Banco BPC descobrimos que o BPC congelou os valores porque existia uma dívida 390 milhões de kwanzas. Com este dinheiro estávamos a pensar comprar os bilhetes de passagens, mas numa condição dessas torna-se extremamente difícil para uma federação que não tem patrocinadores” lamenta.
Artur de Almeida e Silva que substituiu o general Pedro Neto, reitera ainda que a dívida é pesada “com este passivo, torna-se extremamente difícil e não conseguimos concentrar-nos no presente, estamos constantemente a receber cartas de informação das dívidas. Há pouco recebemos comunicação da TAAG a dizer que temos uma divida de 900 mil dólares, segurança social 300 e poucos milhões de kwanzas, INSA mais um milhão de dólares, onde é que vamos buscar dinheiro para pagar essas dívidas todas?”, questiona Artur Almeida e Silva.
“Solicitamos que essas dívidas sejam transferidas a dívida pública, que o ministério das Finanças e o nosso governo assuma isto, porque é muito dinheiro, onde é que vamos ir buscar o dinheiro? Os patrocinadores não patrocinam, a Federação não tem fonte de rendimentos, não podemos ser irrealistas e querer cobrar uma fonte de rendimento ou que rentabilizem esses pagamentos” rematou.
C/ RFI