Economia
Expo Dubai: Albina Assis garante que Angola vai mostrar as potencialidades agrícolas ao mundo
A alta comissária para a Expo Dubai 2020, Albina Assis Africano, disse terça-feira, 14 de Setembro, que o pavilhão de Angola no certame, vai servir para mostrar as potencialidades agrícolas aos investidores estrangeiros. O evento realiza-se de 13 a 14 de Outubro próximo, na cidade de Dubai, na República dos Emirados Árabes Unidos, adiado 2020, por conta da pandemia da Covid-19.
Albina Assis discursava na cerimónia de lançamento do Business Fórum Expo 2020 DUBAI, em Luanda, organizado pela Câmara de Comercio e Industria Angola e o Emirados Árabes Unidos e a Comissão Interministerial de Angola para a Expo. No seu discurso referiu que actuações de angolanas expos têm auferido formas nos diálogos globais, progredindo para a estreita ligação e os demais países africanos e para o reforço da importância do continente nas decisões a nível do desenvolvimento mundial.
Um dos objectivos, adiantou, é homenagear uma tradição ancestral, de partilha de conhecimentos usada como ponto de partida, oferecendo oportunidades de conhecimento tradicional local de forma inovadora, como base para a resolução de problemas locais e globais da actualidade.
“A presença de Angola na Expo tornou-se parte importante da diplomacia econômica nacional uma vez que os recursos naturais do país, constituem no quadro da diversificação económica, numa imensidão de oportunidades de investimento que permitirão v o desenvolvimento das mais variadas atividades econômicas, criando condições para mobilização de emprego e melhoria da qualidade de vida da população com especial incidência nas zonas rurais”, referiu.
É dentro deste espirito, de acordo com a antiga dos Petróleos, que a participação do país na Expo Dubai 2020 (adiada por conta da pandemia) em Outubro próximo, será com um pavilhão no subtema Oportunidades, incorporado ao tema conectando com a tradição para inovar, ao passo que o slogan definido para este evento de dimensão mundial é da tradição a inovação.
Entretanto, sobre as áreas que o pavilhão Angola vai destacar na Expo Dubai 2020, a alta Comissária apontou a Educação, emprego, novas indústrias, capital financeiro e governança, numa perspectiva de inovação, inclusão e compreensão.
“Tendo em consideração os elevados recursos naturais, as condições climatéricas variáveis e a sua extensão territorial, estamos em presença de um pais com excelente potencial voltado para a diversificação económica visando as diferentes áreas do desenvolvimento”, disse, acrescentando que estes elementos são indicadores de captação de investimento estrangeiro, aliado à “boa governação e a nova reputação” do país. Para ela a nova lei do investimento privado veio constituir-se num fator de atração de investimentos.
Albina Assis Africano, apelou aos potenciais investidores a apostar em outros sectores da economia angolana, como na agricultura, avicultura e a pecuária, por serem de prioridade nacional para geração de emprego, tendo lembrado que Angola possui uma área de potencial agrícola, de cerca de 8 milhões de hectares, que, entretanto, vê em utilização, apenas 5 milhões.
“A área cultivada é partilhada entre a agricultura familiar com 95% e uma pequena exploração empresarial, que tem vindo a ser implementada, dando uma nova dinâmica a agricultura nacional”, realçou a responsável, tendo por outro lado, reconhecido a existência de constrangimentos ao desenvolvimento agrícola e que poderão ser ultrapassados com a presença do sector empresarial.
Destacou, por outro lado, o “notório crescimento da avicultura”, apesar de considerar insuficiente para impedir a importação.
A Alta Comissária para a Expo Dubai 2020, destacou igualmente as potencialidades os 16 km da costa marítima angolana, onde as regiões da Baia Farta, na província de Benguela se apresenta com potencial de pesca e a província do Namibe, que possui um raro tipo de caranguejo no mundo.
“Além da pesca marítima é muito usual a pesca fluvial, nomeadamente a criação de viveiros de tilápia, o tradicional cacusso”, disse.
Albina Assis não deixou de fazer referência ao sector do turismo, que conforme revelou, incide sobre todos os sectores da vida do país e que, devido a sua importância, poderá contribuir para a redução do êxodo rural ainda existente em Angola, por conta do longo período de guerra que o país viveu.