Politica
“Exoneração de Pedro Sebastião foi uma medida de protecção da segurança de Estado”, afirmam analistas
A exoneração do general Pedro Sebastião e de outras altas patentes militares ligadas ao Palácio Presidencial, está a ser vista como uma medida que se impunha devido à pressão social. Para os analistas, trata-se de uma medida preventiva, já que “a segurança do Estado corria perigo”.
O jurista José Carlos Rodrigues, falando à RNA, diz tratar-se de uma medida preventiva porque a soma avultante de dinheiro apreendida na “Operação Caranguejo” representa um perigo para a segurança do Estado.
“O Presidente da República adoptou uma medida preventiva, porquanto, para além de escândalo de corrupção, julgo que outras implicações poderiam ter essas acções”, disse e acrescenta que certas medidas “não só comprometem o nome do executivo que tem dito como epicentro para este novo círculo político o combate a corrupção e os seus males, mas também, julgo, que a movimentação destes milhões de dólares por parte de altos oficiais das FAA, e no caso concreto oficiais da Casa de Segurança, representava um perigo real também para própria Segurança Nacional”, frisou.
Por sua vez, o analista político Osvaldo Mboco, entende que a perda de confiança do Comandante em Chefe das FAA, pode estar na base da exoneração do general Pedro Sebastião e dos outros generais: “o primeiro entendimento é que houve quebra de confiança e quando há quebra, a primeira medida é a exoneração”.
Por outro lado, o analista é de opinião que o caso da “Operação Caranguejo”, que envolve o Major Pedro Lussaty, há outras altas figuras envolvidas.
“O escândalo que se instalou dentro da presidência com o caso do major é notável que não é a única figura envolvida nesse esquema ou neste escândalo”, disse e acrescenta que depois de uma investigação que será feita pela PRG e pelo SIC, ou mesmo as que serão feitas internamente no palácio, acredita que “trará mais elementos envolvidos neste escândalo de corrupção”.