Economia
Executivo deve ter perspectivas fortes de previsão de receitas, diz economista
O economista José Lumbo defendeu ser fundamental, do ponto de vista da sustentabilidade das finanças públicas, que o Executivo tenha uma perspectiva muito forte na previsão das receitas, sobretudo as petrolíferas e maior promoção do sector privado e deixar de apertar o sector público.
A reacção do economista surge na sequência de dados que apontam que Angola encerrou o exercício orçamental referente ao ano de 2024 com um superavit nominal de 712,6 mil milhões de kwanzas e um saldo corrente positivo, de acordo com o relatório da Conta Geral do Estado.
José Lumbo que afirma que os valores não são satisfatórios, pelo facto de o OGE estar estimado em biliões, daí não fazer uma apreciação muito animadora e relevante dos dados, alerta para necessidade de o Governo angolano, através do Ministério das Finanças, projectar orçamentos exequíveis em termos de execução.
José Lumbo disse que o país precisa ainda na senda do realismo, buscar orçamentos mais realistas com uma aceitação da previsão das receitas sobretudo no capítulo do petróleo e enxergar com clareza as possíveis oscilações do preço do produto ao longo do ano, por conta do actual quadro macrofinanceiro.
O documento publicado no site do Ministério das Finanças, destaca que a execução orçamental ficou marcada por uma arrecadação de 25,31 biliões de kwanzas em receitas, acima do previsto.
A fonte que temos vindo a citar, sinaliza ainda que a despesa de 24,59 biliões teve ligeiramente abaixo da dotação inicial.
s receitas correntes, revela igualmente o relatório, ascenderam a 17,81 biliões de kwanzas, representando 70% do total, enquanto as receitas de capital somaram 7,50 biliões kwanzas correspondendo a 30%.
O relatório da Conta Geral do Estado adianta que o serviço da dívida pública manteve-se elevado.
A Conta Geral do Estado compreende as contas de todos os órgãos da Administração Central e Local do Estado e dos Serviços, Institutos Públicos e Fundos Autónomos, bem como a Segurança Social e dos Órgãos de Soberania.