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Exclusão de Jonas Savimbi e Holden Roberto retarda processo de reconciliação nacional, afirmam analistas

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O especialista em Gestão e Administração Denílson Duro afirmou que a independência do país é de muita controvérsia por não envolver todos os actores.

Denílson Duro considerou, por outro lado, que o país registou um crescimento ao longo dos 50 anos de independência em vários sectores como político, turismo, industrial e outros, apesar de reconhecer que ainda nos falta ultrapassarmos alguns desafios sociais e económicos.

Já o antropólogo Miguel Kimbenze disse que a festa das condecorações, no âmbito das comemorações dos 50 anos de independência nacional, “foi mal organizada e preparada, visando somente beneficiar um grupo de cidadãos”, pelo que defende uma reconstrução e reformulação urgente do país.

O especialista criticou, por isto, a exclusão dos líderes fundadores da FNLA, Holden Roberto, e da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, da lista dos condecorados.

Já o sociólogo Samora Neves disse que volvidos pelo menos 50 anos após a independência, já é visível notar-se no seio da sociedade “um esquecimento das mágoas” da guerra, situação que o leva a assinalar um bom caminho com a reconciliação. Por isto, evidencia “um certo desenvolvimento social do país”.

Miguel Kimbenze afirmou que a exclusão de figuras leva-o a concluir que o país está dividido, pelo facto de volvidos 50 anos de independência, o actual governo continuar a negar a participação de Holden Roberto e Jonas Savimbi na história do país.

O antropólogo disse ainda que “as ditas exclusões” atrasam o processo de reconciliação e unidade nacional.

O especialista Denílson Duro afirmou que “as condecorações nunca são justas”. O especialista disse que a independência do país teve mais ganhos políticos do que sociais, acrescentando que “toda tentativa de constituição de sociedade civil é subvertida pelos partidos políticos”.

Os analistas fizeram estas declarações no espaço “Tem a Palavra”, do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, desta terça-feira, 01, que olhou essencialmente em torno “dos desafios de Angola no contexto de reconciliação nacional, 50 anos depois da independência”.




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