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“Excesso de trabalho é extremamente prejudicial à saúde”

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A psicóloga clínica, Elaine Silva, disse hoje, em Luanda, que o excesso de trabalho é “extremamente prejudicial” à saúde física e psíquica dos profissionais, em elevado risco de desenvolver a Síndrome de Burnout.

A especialista falava na manhã desta sexta-feira, 27, segundo dia da conferência sobre sustentabilidade organizada pela Academia BAI, quando abordava o tema a “Indústria do Bem-Estar”, no Workshop subordinado ao eixo SER Cidadão.

Segundo a especialista, o facto de a classe trabalhadora trabalhar de forma intensa e sob elevada pressão, psicológica sobretudo, está a causar vários problemas.

A ciência, de acordo com Elaine Silva, tipifica em três categorias os tipos de problemas do fórum psicológico que é provocado pela exposição intensa ao trabalho.

A primeira é a despersonalização, onde o funcionário começa a apresentar sinais de perca da personalidade com que as pessoas o conhecem. Passa a isolar-se cada vez mais do convívio profissional dos colegas.

O segundo é a exaustão emocional, que pode evoluir e atingir os níveis grave e duradoura. O estresse profissional é a terceira apresentado pela cientista angolana.

Estudos feitos por instituições internacionais, em países ocidentais mostram que mais de 70% das pessoas que trabalham de forma excessiva no Japão, desenvolveram esses problemas. Alguns destes, sublinhou, Elaine Silva, começaram a ter pensamentos e até mesmo comportamento suicídio.

A psicóloga exortou aos participantes, a prestarem atenção ao comportamento e postura dos seus colegas no local de trabalho, principalmente aqueles que a dada altura começam a isolar-se ou a reduzir o nivel de interacção social no local de trabalho.

“As vezes confundimos estes sinais com questões de personalidade, por isso devemos ter atenção aos sinais de isolamento dos colegas”, disse.

Sobre os pensamentos e comportamentos suicídios, a psicóloga avançou que “há muitos casos de funcionários de grandes empresas, que cometeram suicídio, deixando carta a culpar as empresas, e acusando os seus chefes de gerirem a organização com ameaças e que os submetiam a medo de despedimento.

Como medidas para contornar estas situações, Elaine Silva aconselhou os profissionais a desenvolverem hábitos de conversas com pessoas próximas e que os façam sentir-se bem, a praticar regularmente exercícios físicos e a realizar, de forma periódica, consultas psicológicas.

“O excesso de trabalho não é sinónimo de realização profissional, por mais que nos sintamos capazes”, rematou.

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