Bastidores
Ex presidente do FAJE acusado de usurpar competências do sucessor
O ex-presidente do Fórum Angolano de Jovens Empreendedores (FAJE), Alberto Mendes, estar a ser acusado de estar a rejeitar ceder o cargo ao novo líder da organização, Paulo Narciso, eleito em Janeiro deste ano na capital do país.
Quatro meses depois da eleição da nova direção do Fórum Angolano de Jovens Empreendedores, Paulo Narciso enfrenta dificuldades para implementar as acções da organização. As razões, de acordo com fontes do Correio da Kianda, prendem-se com o facto de o presidente cessante negar-se a ceder o trono.
Alberto Mendes é acusado de estar a criar dificuldades à nova direcção do FAJE, sobretudo em questões administrativas, pelo facto de ainda ter o controlo daquela organização que congrega jovens empreendedores.
Como exemplo, os queixosos citam o facto do jovem empresário continuar a gerir a cooperativa da Organização, a COOPERAFAJE, mesmo depois de já ter sido substituído na presidência do fórum pelo actual presidente, Paulo Narciso, eleito em fevereiro.
As acusações contra o Ex-Secretário do Departamento para os Assuntos Económicos e Empreendedorismo da JMPLA, são ainda sustentadas com informações relacionadas aos valores que o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) tem alocado à cooperativa da organização, uma vez que, de acordo com os estatutos do FAJE, a gestão das verbas é uma atribuição do Presidente em funções ou de outro membro, por ele delegado.
“Você se pergunta, como o Presidente do FAJE não é ao mesmo tempo responsável pela Cooperativa da organização que ele mesmo dirige?”, questiona um dos queixosos, que acrescenta que Alberto Mendes tem feito da COOPERAFAJE, sua propriedade.
Outra acusação está relacionada à gestão dos 244 milhões de Kwanzas que a cooperativa recebeu do FACRA, para a concepção de crédito aos membro e associados do FAJE, dossier sobre o actual presidente estará alheio.
Alberto Mendes foi, por cerca de dez anos o coordenador do fórum Angolano de Jovens Empreendedores, acumulando as funções de coordenador Nacional da Cooperativa da organização, tendo terminado as funções em 2020. Entretanto, a realização do congresso para a sua sucessão foi realizada apenas em Janeiro deste ano, em Luanda, por conta das restrições impostas pela pandemia da covid-19.
Contactado pelo correio da Kianda, na manhã deste sábado, 12, o jovem empresário, mostrou-se indisponível a prestar informações.