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Ex-embaixadora moçambicana nos EUA condenada a dez anos de prisão

O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou hoje a ex-embaixadora Amélia Sumbana a 10 anos de prisão pelo desvio de cerca de meio milhão de dólares (440 mil euros) entre 2009 e 2015, quando estava à frente da embaixada nos EUA.

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“Estes crimes têm um pendor financeiro muito alto, estão em voga no nosso país e criam um alarme social”, disse o juiz Rui Dauane, após a leitura da sentença.

Amélia Sumbana cometeu os crimes de abuso de cargo, peculato e branqueamento de capitais quando era embaixadora de Moçambique nos EUA.

A diplomata terá de pagar indemnização ao Estado moçambicano no valor de 17,3 milhões de meticais (243 mil euros), tendo sido apreendido um imóvel de que é proprietária, localizado na zona nobre da cidade de Maputo.

O tribunal decidiu também congelar duas contas bancárias com cerca de cinco mil euros.

“O Estado deve atirar-se de forma aguerrida no património do infrator”, para recuperar o máximo de verbas, justificou o juiz.

A dureza da condenação deve-se, segundo o juiz, ao facto de a arguida nunca ter reconhecido que atuou “em conflito com a lei”.

Entre outros ilícitos, a arguida terá usado parte do dinheiro para pagar a aquisição e reabilitação de um imóvel na cidade de Maputo, registada posteriormente em nome do marido.

Segundo a acusação, a embaixadora emitia cheques a seu favor com a justificação de que as verbas serviam para obras na residência oficial ou para serviço da missão diplomática e pedia reembolsos de viagens aéreas não efetuadas.

O advogado de defesa, Pedro Macaringue, disse que vai recorrer do caso.
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