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Invadir Ucrânia foi decisão “muito difícil” por isso quem se impor será inimigo e parte do conflito, avisa Putin.

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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste sábado 05 de Março, que a decisão de invadir a Ucrânia foi “muito difícil”, tendo deixado um alerta ao Ocidente sobre as sanções impostas ao seu país, são semelhantes a uma declaração de guerra.

Putin avisa que se algum país tentar impor à Rússia uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia será considerado um inimigo e como parte do conflito.

“Consideraremos qualquer desenvolvimento nessa direção como uma participação no conflito armado de qualquer país em cujo território seja criada uma ameaça para nossos soldados”, alerta Putin.

Esta zona de exclusão aérea tem sido um dos pedidos feitos pelo presidente da Ucrânia, Vlodomyr Zelenskyy, que acusou a NATO de estar a dar “luz verde a mais bombardeamentos” no seu país por excluir essa hipótese.

A NATO recusa-se a impôr esta zona de exclusão aérea alegando que isso poderia provocar uma “guerra total na Europa” contra uma nação nuclear, o que poderia ser trágico.

“A única maneira de implementar uma zona de exclusão aérea é enviar aviões de combate da NATO para o espaço aéreo da Ucrânia e, em seguida, impor essa zona de exclusão aérea derrubando aviões russos“, explicou já o chefe da organização internacional, Jens Stoltenberg.

“A questão foi discutida e os Aliados concordaram que não deveríamos ter aviões da NATO a operar no espaço aéreo ucraniano ou tropas da NATO no solo porque poderíamos acabar com uma guerra total na Europa”, afirmou Jens Stoltenberg em conferência de imprensa.

Putin diz que foi “difícil” decidir invadir Ucrânia

O aviso de Putin quanto às sanções impostas à Rússia surge em declarações à televisão russa, neste sábado, onde também garante que não pretende declarar a lei marcial no seu país. O presidente russo nota que esta lei é imposta apenas em caso de agressão externa, o que não aconteceu até agora.

Sobre a Ucrânia, Putin volta a justificar a invasão com a intenção de “desmilitarizar” e “desnazificar” o país, mas assume que foi “uma decisão difícil”.

O líder russo sublinha ainda que as Forças Armadas russas já destruíram quase todas as infraestruturas militares ucranianas. Além disso, acusa a Ucrânia de estar a “executar sem julgamento ou investigação” quem se oponha às “operações militares” contra a Rússia.

Nas últimas horas, têm surgido preocupações de que a Rússia intensifique os combates na Ucrânia, nomeadamente implementando uma “campanha de terra queimada” para tomar o poder com um “governo fantoche”.