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EUA enviam militares para o Gabão com receio de violência na RD Congo
Os Estados Unidos anunciaram, na sexta-feira, o destacamento de militares norte-americanos para o Gabão, em resposta aos possíveis tumultos na República Democrática do Congo, que aguarda os resultados das eleições de 30 de dezembro.
Numa carta enviada aos líderes do Congresso, o Presidente Donald Trump informou que cerca de 80 membros das forças armadas foram destacados “para estarem em posição de apoiar a segurança” dos cidadãos norte-americanos e das instalações diplomáticas dos EUA em Kinshasa, capital da RDCongo.
O mandatário justificou a mobilização com a possibilidade de expressões de violência no país, que aguarda o resultado das eleições que elegem o sucessor do Presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001 e impedido constitucionalmente de se recandidatar.
Apesar das tensões constatadas, as eleições do passado domingo poderão constituir a primeira transição pacífica no poder do país desde a sua independência da Bélgica, em 1960.
Trump adiantou que os primeiros soldados já chegaram ao Gabão na quarta-feira. Os militares vão permanecer na região até que “não se justifique mais a sua presença”, de acordo com a nota do governante.
Na quinta-feira, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Corneille Nangaa, admitiu adiar a divulgação dos resultados das eleições na República Democrática do Congo, prevista para domingo, numa altura em que, segundo fontes daquele organismo, estavam apurados apenas 20% dos votos.