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Etiópia: União Africana envia três ex-presidentes para mediação de conflito

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A União Africana (UA) nomeou três antigos presidentes como enviados especiais à Etiópia para tentar concretizar a mediação entre as várias facções envolvidas no conflito no país, anunciou, neste sábado, 21, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano, que ocupa actualmente a presidência rotativa da UA, anunciou, em comunicado, que os antigos presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano, da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e da África do Sul, Kgalema Motlanthe, serão os enviados à Etiópia.

Cyril Ramaphosa expressou também, citado pela agência France Press (AFP), o “profundo desejo de acabar com o conflito através do diálogo entre todas as partes”.

Estes três enviados especiais viajarão para a Etiópia com o intuito de criar as condições para um diálogo “aberto para resolver as questões” que originaram este conflito.

Contudo, o chefe de Estado sul-africano e presidente da UA não adiantou um calendário.

O trabalho dos três antigos presidentes que viajarão para Adis Abeba para “encontrar uma solução para os problemas” da Etiópia, guiados “pela máxima de soluções mais africanas para os problemas africanos”.

Confrontos entre a forças da Frente de Libertação do Povo de Tigré e o Exército Federal da Etiópia voltaram a assolar a região de Amhara durante o dia de hoje, horas depois de o Governo central anunciar que os militares se estavam a aproximar de Mekele, capital da região dissidente.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, vencedor do Nobel da Paz em 2019, lançou esta operação contra as milícias de Tigré, que acusa de destabilizar o Governo e de atacar duas bases militares da Etiópia naquela região.

O ataque, no entanto, é negado pelos Tigrínios, o grupo étnico que vive na região de Tigré.

Por Lusa