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Etiópia: investigação sobre terrorismo resulta na detenção de sete jornalistas

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Na Etiópia, pelo menos sete jornalistas de um meio de comunicação privado foram detidos no final de Março, no âmbito de uma investigação de terrorismo.

De acordo com informações do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), divulgadas esta quarta-feira, 09, à noite “os jornalistas foram detidos após a transmissão de um programa na Ethiopian Broadcasting Service (EBS), no qual uma mulher afirmou ter sido raptada e violada por homens com uniforme militar enquanto era estudante em 2020″.

O comunicado daquele órgão de protecção aos jornalistas na Etiópia, “mais tarde, durante uma entrevista num canal público, a mulher retirou as suas declarações”.

O fundador da EBS pediu desculpa e disse que “descobriu que as alegações foram inventadas depois de o programa ter sido transmitido”.

De acordo com documentos judiciais que a CPJ teve acesso, os jornalistas são acusados de “incitar conflitos” e “ameaçar a ordem constitucional” com o objectivo de “derrubar o Governo” em coordenação com milícias na região de Amhara, a segunda região mais populosa do país.

A justiça determinou que os jornalistas, assim como a mulher que fez as acusações, devem ficar em prisão preventiva durante 14 dias.

As autoridades etíopes são regularmente criticadas pelas ONG de defesa dos direitos humanos pela sua repressão de vozes dissidentes.

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