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Estudo diz que luandenses estão satisfeitos com os níveis de informação sobre a covid-19

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Um estudo realizado entre os meses de Agosto e Outubro corrente, pela empresa Keyresearch, mostra que os cidadãos da província de Luanda sentem-se bem informados sobre a covid-19. Consta igualmente do estudo o resultado sobre o posicionamento de marcas e hábitos de consumo de bebidas.

O estudo sobre o ‘Consumidor em tempos de pandemia e o posicionamento das marcas’, apresentado esta semana, em Luanda, indica que nos últimos três meses os cidadãos desta província assistiram mais à TV que outros meios de comunicação social para se informarem sobre a covid-19.

Quando questionados se se sentem bem informados sobre a pandemia da covid-19, 75% num universo de 462 indivíduos, de ambos os sexos, responderam afirmativamente.

Sobre os níveis de informação que os cidadãos recebem sobre a pandemia, 53,7% dos entrevistados disseram que estão a ser bem informados, 15,3% responderam que recebem as informações necessárias, ao passo que as demais percentagens ficaram distribuídas em muito bem informados (13,1); mal informado (12%) e muito mal informado (3,8%).

Na distribuição destes níveis aos tipos de media ou fontes de informação, a televisão aparece, com 57,9%, em primeiro lugar, como sendo o meio mais utilizado pelos luandenses para se informarem.

A Internet (com 35,6%) aparece em segundo lugar e as redes sociais (35,4%) em terceiro. Já o rádio é o media menos citado pelos inquiridos (apenas 25,5%) que a usam para buscarem informações relacionadas com a covid-19.

O grupo que mais assiste à TV é composto maioritariamente por cidadãos do sexo feminino, cuja idade está acima dos 35 anos, 46% das quais desempregadas.

Evento Keyresearch

Os que mais ouvem o rádio com o mesmo objectivo são os homens, com um total de 60% do universo dos inquiridos. Relactivamente a pergunta base, sobre o estar bem informado sobre a covid-19, 78% dos inquiridos respondeu satisfatoriamente.

Além de hábitos de consumo de media, a pesquisa abrangeu igualmente os tipos de produtos mais consumidos pelos luandenses, tendo se constatado um aumento significativo em produtos de higiene do lar e uma queda acentuada em bebidas, tanto as alcoólicas (25,8%), como não alcoólicas (42%).

A pesquisa apurou igualmente que houve um aumento entre Agosto e Outubro, no consumo de produtos de higiene pessoal, ao passo que nos recursos financeiros houve uma redução significativa, pois 32% dos inquiridos perdeu o emprego por causa da pandemia. Outra redução significativa registou-se no consumo de medicamento, com a queda a acentuar-se no 43,4%.

No consumo de bebidas, a Cuca foi a mais mencionada com 66% de indicações, ao passo que a Coca-cola apareceu em segundo lugar com 12% das menções.

O top of mind das bebidas alcoólicas mais lembradas pelos entrevistados é ocupado pela Cuca com 49,0%, Tigra com 19,0% e pela Eka com 14,2%. Os critérios de análise desta categoria são a notoriedade, a recordação publicitária, a recomendação e o consumo.

O humor e o estado anímico dos luandenses também fez parte do estudo. À medida que o tempo passa, os luandenses estão com menos predisposição, onde se constata que o gráfico de pouco paciente subiu de 20,4% em Setembro para 30,3% em Outubro, quando em Agosto marcava os 24,2%.

Quanto à paciência, o gráfico da pesquisa, que em Agosto estava 58,9%, em Setembro subiu para 67,1, tendo registado uma queda em Outubro (61,8).

O gráfico de cidadãos que se mostram indiferentes registou igualmente uma queda. Em Agosto estava em 12,1%, em Setembro 9,9% e em Outubro desceu para os 7,2%.

Apesar desta realidade, o luandense não perdeu a felicidade, pois o gráfico subiu de 38% em Agosto, para 44,7% em Setembro, quando em Outubro a percentagem já está em 53,3%.

O estudo foi aplicado a 462 cidadãos dos municípios de Belas, Cacuaco, Cazenga, Luanda e Viana, de Agosto a Outubro, distribuídos equitativamente por género, com as idades a variar entre os 15 e mais de 45 anos. Os desempregados constituem um importante segmento da população inquirida (43,4%), onde a maior parte tem o ensino médio concluído ou o superior incompleto (55,6%) em termos de níveis de escolaridade.

Sobre a Keyresearch

Fundada em 2005, a Keyresearch apresenta-se como uma das empresas mais antigas de pesquisa, estudos de mercado e monitorização de media a operar em Angola. Para além do óbvio dos “porquês” é a forma de garantir respostas assertivas e sustentadas aos objectivos estratégicos dos nossos parceiros.

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