O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) convocou uma manifestação nacional para o dia 17 de Abril contra a subida de propinas, emolumentos e falta de qualidade de ensino nas instituições públicas e privadas de Angola.
De acordo com a nota de imprensa do MEA, a que o Correio da Kianda teve acesso, a decisão de realizarem a manifestação foi tomada após a reunião de direcção deste movimento estudantil, que teve lugar no mês passado, presidido pelo seu presidente, Francisco Teixeira, e representantes da comissão de turmas da universidade Agostinho Neto, Ngola Ndambi e do ISCED de Luanda.
Os estudantes apelam a alteração do Decreto Presidencial 124/20 de 4 de Maio, que agrava a subida das propinas e emolumentos nas instituições públicas. Por outro lado, os estudantes alertam também as autoridades para que se deve tomar uma posição pela subida constante de propinas e taxas de emolumentos nas instituições privadas e constantes violações dos direitos dos estudantes.
Na mesma nota, o MEA denuncia a inexistência da qualidade de ensino nas instituições públicas e privadas e a inexistência de condições nestas instituições.
Francisco Teixeira, presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos, em declarações ao nosso jornal, informou que são “estas e outras razões, francamente fundamentadas e visíveis por todos estudantes e, não só, que levou-nos a convocar a presente manifestação para o dia 17 de Abril”.
Segundo o líder estudantil, a marcha terá concentração no Cemitério da Santana, às 10h e arranque as 13h, rumo ao Edifício do Ministério das Finanças, órgão que controla os preços nas instituições, “onde poderão ler o manifesto reivindicativo, para que se reveja a situação das propinas e emolumentos”, disse.
Francisco Teixeira em nome de todos estudantes e académicos, apela a presença de todos de forma ordeira, académica e pacífica em prol da defesa dos direitos dos estudantes que participam na referida marcha.