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Estudante suicida-se ao reprovar de classe no Huambo

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Um estudante, identificado por Paulo Sikuikui, do liceu Joaquim Kapango, na cidade do Huambo, suicidou-se na quarta-feira, depois de saber que tinha reprovado de classe, numa altura em que estava a criar condições para frequentar o ciclo preparatório, antevendo o exame de ingresso ao ensino superior no ano académico 2020.

Trata-se, segundo soube hoje, quinta-feira, a ANGOP de fonte familiar, de um jovem de 20 anos de idade, residente no bairro do Kalute, arredores da cidade do Huambo, que estava a frequentar o último ano (12ª classe) do curso Ciências Físicas e Biológicas.

Segundo Manuel Dias, tio da vítima, o estudante saiu de casa por volta das 8h00 para o preparatório, tendo, de seguida, passado pelas escola de onde era finalista, local onde privou com alguns colegas que, em acto contínuo, informaram-lhe que teria reprovado de classe.

“Depois de receber a informação que o deixou constrangido, dirigiu-se à casa e trancou-se no quarto, onde foi encontrado pendurado por uma corda sob o pescoço”, referiu o tio.

Acrescentou ainda que, no local, foram igualmente encontrados comprimidos de cloroquina, por cima da cama, tendo sido evacuado de imediato para o Hospital Central onde chegou sem vida.

Acrescentou que, apesar de ter sido levado ao hospital, Paulo Sikuikui, que nunca apresentou comportamentos estranhos à família, encontrou a morte no interior do quarto, segundo os técnicos de saúde em serviço.

Em breves comentários à imprensa, o sociólogo Fragoso Jorge condenou o acto, referindo que todo e qualquer estudante deve estar consciente de que embora tenha tido notas muito altas ao longo dos dois primeiros trimestres, os resultados do exame correspondem a 60 por cento do nível de aproveitamento.

“Eu penso que a reprovação não justifica o término da própria vida, sobretudo, de um jovem na flor da idade. A reprovação faz parte da vida, ou seja, além dela existem a aprovação e a desistência, esta última que pode ser por vários motivos, entre os quais por doença ou mesmo por morte”, desabafou o especialistas em questões sociais.

No presente ano lectivo, o Gabinete da Educação na província do Huambo matriculou 915 mil e 817 alunos, distribuídos em 598.149 no ensino primário, 127.416 no I ciclo, 42.565 no II ciclo do ensino secundário, 11.260 para formação específica de professores, 6.575 no II ciclo técnico-profissional e 17.700 nos cursos de alfabetização, além de outros 6.064 no ensino privado.

As aulas foram ministradas em mil e 164 escolas do ensino primário, 92 do I ciclo, 18 do II ciclo do ensino secundário, sete de formação de professores, cinco do ensino técnico-profissional, 32 comparticipadas e em 45 colégios privadas (colégios), perfazendo um universo de mil e 322 instituições, asseguradas por 19.292 professores.

C/Angop

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