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Estes são os dois maiores inimigos do seu coração
Num estudo recentemente levado a cabo pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 42% dos inquiridos, numa amostra de 1583 participantes, assume ter excesso de peso, 46% assume ser sedentário, porém, só 19% revela ter uma má alimentação, 22% hipertensão arterial e 8% diabetes, o que nos diz que, a consciência, o conhecimento e a literacia sobre números associados aos fatores de risco para a doença cardiovascular é, ainda, um caminho a trabalhar. Ora se, sabemos que é na má alimentação, à base do consumo de gorduras, açúcar e sal, que está uma das maiores causas para o desenvolvimento da diabetes e da hipertensão arterial, e se 42% dos inquiridos nos diz que pratica uma má alimentação, temos um dado indicativo do risco associado a estas patologias maior do que aquele que é revelado pelos participantes.
Já há quem designe o século XXI como ‘o século tamanho XXL’. A verdade é que, de acordo com os dados relativos ao consumo alimentar da população portuguesa, obtidos através do Inquérito Alimentar Nacional e apresentados no relatório anual do consumo alimentar e do estado nutricional apresentado pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral da Saúde, é possível concluir que o consumo de bolos, doces, bolachas, snacks salgados, pizzas, refrigerantes, néctares e bebidas alcoólicas representam cerca de 21% do consumo total. Ora, estes alimentos têm, invariavelmente, sal e açúcar em excesso!
No Dia Internacional da Alimentação, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta para a importância de monitorizar a ingestão de sal e açúcar na alimentação. Um dos grandes desafios da política alimentar e nutricional portuguesa, para os próximos anos, será devolver a tradição alimentar mediterrânica ou uma adaptação. O programa nacional para as doenças cérebrocardiovasculares destaca, como um dos objetivos a atingir em 2020, a redução do consumo de sal, 3-4% ao ano.