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Eleições 2022

“Estamos confiantes e serenos” – diz UNITA que garante conseguir indicadores de vantagem

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O partido político UNITA realizou na madrugada desta quinta-feira, 25 de Agosto, uma Conferência de Imprensa a abordar os indicadores da votação para as eleições Gerais desta quarta-feira, 24, dizendo que está “confiante na vitória” do seu partido, contrariando, desta forma, os primeiros resultados provisórios apresentados pelo porta-voz da CNE, Lucas Quilumbo que colocam o MPLA em vantagem.

Abel Chivukuvuku, o número 2 na lista da UNITA e candidato a Vice-Presidente da República, dirigiu à conferência, ladeado do seu Secretário provincial de Luanda, Nelito Ekuikui, e de Filomeno Vieira Lopes, nesta madrugada de 25 de Agosto, no Hotel Intercontinental.

Falando aos Jornalistas, Nelito Ekuikui afirmou que o MPLA perdeu em Luanda, “de forma expressiva”.

Denunciou também que em várias assembleias de voto, os delegados de lista do MPLA recusaram a assinar as actas, pelo facto de o seu partido ter perdido, tendo dito ainda que a atitude dos delegados do partido dos ‘camaradas’ deve-se ao cumprimento de uma orientação do partido.

Sobre os delegados de lista do ‘galo negro’ detidos na província do Bengo, a UNITA através do seu número 2, garante que se trata de documentos de simulação utilizados durante o processo de formação de delegados e não das actas, uma vez que na altura da detenção ainda decorria a votação.

Outro assunto referido na Conferência de Imprensa é a divulgação, pela Televisão Pública de Angola, de resultados de uma sondagem pela empresa espanhola SIGMA que, de acordo com o político, é “ilegal” pelo facto de a Assembleia Nacional ter aprovado, recentemente, uma lei que proíbe a realização e divulgação de Sondagens à boca das urnas.

A referida sondagem dá vantagem ao MPLA.

Abel Chivukuvuku sublinou, no entanto, que os dados avançados não podem ser considerados como resultados das eleições, mas “indicadores” que entretanto demonstram que o partido UNITA detém vantagem em quase todas as Assembleias de votos, com excepção de resultados do município da Quissama, em Luanda, Berlim, na Alemanha e Johanesburg, na África do Sul, onde o MPLA “tem vantagens”.

O número 2 da UNITA garantiu, por outro lado, que as informações contraditórias às oficiais não perigam o clima de estabilidade política no país.

“Não se pode pensar em instabilidade, aliás não tem como haver, somos todos irmãos e conhecemos a nossa história. O que vamos pedir é que se respeite a vontade do povo”, respondeu, acrescentado que o “momento ainda não é de aceitar ou rejeitar resultados e o tempo dirá”.

Resultados iniciais divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) no princípio da noite de quarta-feira, depois de encerradas as Assembleias indicam que já foram escrutinados 33,16% dos votos.

Com estes dados, de acordo com Lucas Quilumbo, Porta Voz da CNE, o MPLA lidera a contagem de votos, com 60.65%, ao passo que a UNITA vem com 33,85%, seguido do PRS (1,5%) FNLA 1,28%), PHA (1,05%) e CASA-CE (0,70%), APN (0,51%) e P.NJANGO (0,48%).

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