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“Estamos a trabalhar para que haja mudanças em 2022”

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O Correio da Kianda conversou, esta terça-feira, 03, com um dos 30 filhos do político e militar Jonas M. Savimbi, o deputado Rafael Massanga Sakaita Savimbi. Ao longo da conversa de quase trinta minutos, foram descortinados vários assuntos sobre a vida e obra do eterno opositor do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, actualmente com residência fixa em Barcelona (Espanha), supostamente por perseguição política pelo governo sustentado pelo partido que liderou durante quase 38 anos.

A entrevista decorreu em alusão ao dia 03 de Agosto, data que se assinala o aniversário do presidente fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, que se estivesse em vida completaria 87 anos. A UNITA e a família Savimbi, têm esta data como um dia de “reflexão” dos feitos daquele que é, até aos dias de hoje, considerado como “mestre e guia” do maior partido na oposição.

Rafael Massanga, que após o seu regresso ao país vindo da Costa de Marfim, mantem sempre em cargos de direcção, desde a época da vigência de Isaías Samakuva, exercendo as funções de Secretário Nacional de Mobilização, mais tarde ascendeu ao cargo de Secretário Geral Adjunto da UNITA e, actualmente, com a liderança de Adalberto Costa Júnior, foi convidado a ocupar as funções de Secretário Nacional para Relações Exteriores e Comunidades.

O nosso entrevistado disse que um dos maiores legados deixados pelo seu pai aos filhos é do “sentimento de solidariedade e de compaixão com os mais fracos e com aqueles que nada têm”.

“Meu pai sempre nos dizia que um homem, por mais conhecimento que tiver, se não conseguisse se colocar ao serviço da sua comunidade e ajudar os mais fracos de nada vale. É preciso ser solidário e dar aquilo que seu irmão não tem. Este princípio deve ser partilhado na vida pública e em família ajudando aos mais fracos”, recordou.

Massanga disse que “é necessário transformar as oportunidades em instrumento de defesa e consolo aos mais necessitados”, disse e realça que esta máxima foi inspirado pelo seu pai.

O filho de Savimbi disse, por outro, que o partido fundado pelo seu pai, não foi criado com vocação de estar permanentemente na oposição, mas também para poder alcançar o poder político, elegendo 2022, como ano de alcance desta meta política.

“Quer no lado de Massanga e no lado da UNITA é nós trabalharmos para que haja mudanças no próximo ano, e realizarmos o sonho de muitos angolanos”.

O também Secretário para Relações Exteriores e Comunidade da UNITA destacou que o alcance do poder político pelo seu partido, através das eleições gerais agendadas para 2022, vai ser um dos maiores presentes que a UNITA deverá honrar a memória do seu presidente fundador. O parlamentar também sublinhou que um bom presente a Jonas Savimbi, “não é só a UNITA atingir o poder, é também certamente a UNITA realizar o programa para a felicidade dos angolanos, para que não haja injustiça, para que haja igualdade e oportunidades e para que os angolanos sintam-se senhores dos seus destinos”.

Quanto à governação de João Lourenço, Rafael Massanga aponta dois indicadores que apontavam com a chegada do actual presidente no executivo, “primeiro de euforia e depois esperança”.

O político considerou que o actual funcionamento do parlamento deve ser considerado como “ditadura parlamentar”, onde impera a vontade da maioria, representada pelo MPLA.

Jonas Malheiro Savimbi, nasceu aos 03 de Agosto de 1934, em Munhango, uma pequena localidade na província Bié. Foi um político, guerrilheiro e líder fundador da UNITA durante mais de trinta anos, morreu em combate no Lucusse, na província do Moxico, em 22 de Fevereiro de 2002.




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