Mundo
Estados Unidos estão oficialmente fora da OMS
O presidente norte-americano, Donald Trump, retirou oficialmente os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que acusa de má gestão da pandemia do novo coronavírus, anunciou na tarde desta terça-feira, 07, o senador Robert Menendez.
“O Congresso recebeu a notificação de que o presidente retirou oficialmente os Estados Unidos da OMS em plena pandemia”, escreveu no Twitter o senador democrata, membro da comissão senatorial dos Negócios Estrangeiros, segundo escreve a agência noticiosa France Press (AFP).
Também a agência de notícias espanhola Efe, citando um funcionário da Casa Branca que pediu para não ser identificado, indicou que os Estados Unidos deram início ao processo de saída da OMS, o que só acontecerá dentro de um ano, decisão que, lembra, chega em plena crise pandêmica associada à Covid-19.
“O aviso da saída dos Estados Unidos, que se tornará efectiva em 6 de Julho de 2021, foi enviado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que é o depositário da OMS”, disse a fonte à Efe.
No final de Maio passado, Trump anunciou que terminava o relacionamento entre os Estados Unidos e a OMS, que acusou de ser inapta na gestão da pandemia de Covid-19.
O presidente dos EUA alegou que a OMS não soube responder de forma eficaz ao seu apelo para introduzir alterações no seu modelo de financiamento, depois de já ter ameaçado cortar o financiamento norte americano a esta organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente com o Governo chinês.
“Porque falharam em fazer as reformas necessárias e requeridas, terminamos o nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde e iremos redirecionar os fundos para outras necessidades urgentes e globais de saúde pública que possam surgir”, disse Trump, em declarações aos jornalistas.
Antes, no início do mesmo mês, Trump tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu ‘modus operandi’.
Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
O presidente dos Estados Unidos acusou a OMS de ter feito uma gestão ineficaz de combate à pandemia de Covid-19 e de ter sido conivente com o Governo chinês, alegando que Pequim reteve informação relevante sobre a propagação do novo coronavírus, que aumentou os riscos da crise sanitária global.