Estado de emergência na origem do atraso na tramitação do processo contra Isabel dos Santos

O porta-voz da PGR, Álvaro João, admitiu esta semana, em entrevista a VOA, que os constrangimentos criados com a instauração do estado de emergência pode estar na origem do atraso na tramitação do processo contra a empresaria Isabel dos Santos.

Álvaro João esclareceu que no processo de contestação do arrestado, feito a pedido do Ministério Público, a empresária e filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos e outros cidadãos visados podem ser representados pelos seus respetivos advogados.

Quanto ao processo-crime que resultou no mais recente confisco preventivo de 26 por cento das ações detidas por Isabel dos Santos, na companhia de telecomunicações portuguesa NOS, ordenado por um tribunal de Lisboa, o porta-voz da PGR confirmou que a acção responde a um pedido da justiça angolana.

O Ministério Público remeteu ao tribunal provincial, no início do mês de Março, a petição inicial para a instauração do processo principal, mas não há, até ao momento, sinais de que a tramitação processual tenha tido algum desenvolvimento.

C/ VOA