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Economia

Especialistas preveem implicações da instabilidade do Sahel na economia africana

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A instabilidade na região do Sahel pode causar uma série de implicações para Angola e África, no geral, o que exigirá o redobrar dos esforços de manutenção da paz, de acordo com Eurico Gonçalves.

O cientista político disse também que a presente situação poderá causar um atraso considerável no cumprimento dos objectivos da União Africana, tratando-se de uma das regiões do continente que mais enfrentam casos de golpes de Estado, terrorismo, alterações climáticas, desertificação, tráfico de armas e de seres humanos, além de uma grave crise humanitária.

Eurico Gonçalves avançou ainda que alguns dos países do Sahel, nomeadamente: Burkina Faso, Mali e Níger, que recebem o apoio da Rússia, na intenção de alargar os seus interesses geopolíticos, “não devem permitir que tal influência do país asiático se sobreponha às directrizes emanadas pela União Africana”.

Na visão do economista José Lumbo, a instabilidade na região do Sahel tem implicações económicas não apenas para os países envolvidos, mas para todo o continente, “o que pode afectar brevemente a Zona de Comércio Livre, com um notável insucesso no fluxo comercial”.

José Lumbo, apela para a necessidade de um despertar urgente das autoridades competentes para a concertação sobre os assuntos de desenvolvimento económico.

O economista alerta ainda para o “risco no fornecimento de matéria-prima estratégica”, que pode ser resultado da presente instabilidade que se vive no continente.

Recorde que o ministro das Relações Exteriores, Téte António, foi recebido esta terça-feira, 17, em audiência pelo General Assimi Goïta, Presidente de Transição da República do Mali, um dos países mais afectados pela instabilidade na região do Sahel.

No âmbito de uma missão diplomática que reforça o papel de Angola na promoção da paz e estabilidade em África, Em representação do Chefe de Estado angolano, e actual Presidente da União Africana, João Lourenço, ministro Téte António transmitiu ao líder maliano uma mensagem de encorajamento ao diálogo franco, aberto e inclusivo.

Recorde que Angola tem assumido uma postura activa no acompanhamento da situação, sobretudo no quadro da União Africana e do Conselho de Paz e Segurança.




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