Ligar-se a nós

Sociedade

Especialistas preocupados com ataques informáticos no país

Publicado

em

Os especialistas participantes esta quinta-feira, 23, em Luanda, do Fórum CEO Angola, mostraram-se preocupados com os constantes ataques cibernéticos de que as instituições angolanas têm vindo a sofrer, por parte dos hackers.

O Chefe de Departamento de Cibersegurança do Instituto da Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), Delvi Silva, que participou do painel sobre o tema “Cibersegurança em Angola: desafios, oportunidades e estratégias para um ambiente digital seguro”, disse que os crimes cibernéticos e as tentativas de ataques às instituições no país, ainda constituem uma preocupação de todos, razão e pela qual as instituições públicas, têm vindo a investir na cibersegurança, para a protecção dos seus dados sensíveis.

Delvi Silva apontou as fraudes onlines, no comércio electrónico, como o sector de maior preocupação das instituições.

Para contrapor essas acções, aquele responsável apontou a sensibilização das instituições sobre a prevenção como um factor chave no sector.

“Nós temos trabalhado nas ciberlives, que leva o cidadão a prevenir-se contra esses ataques e também através de fóruns de governança na internet. E também levamos aos cidadãos esses temas e também está ai o Angotic, onde abordaremos como o cidadão deve estar atento e escapar desses ataques”, disse.

Já Sandro Aveleira, do Serviço de Tecnologias (SETIC) de Informação do Ministério das Finanças, disse que aquele departamento ministerial, preocupado com a situação, tem estado acompanhar o desenvolvimento da cibersegurança, através da formação continua dos seus técnicos, bem como investindo em tecnologias de cibersegurança.

Chamado a avaliar o quadro geral do país, Sandro Aveleira disse que Angola ainda tem um longo caminho a percorrer, a começar pelo número de quadros formados no sector, “porque Angola está na mira dos ataques de cibersegurança”.

Em relação à cibersegurança no sector bancário, um dos temas do fórum, o quadro sénior do Ministério das Finanças disse que “a colaboração tem sido boa”, a julgar pelas ligações instituições às quais sensibilizam no sentido de investir no cibersegurança, uma vez que, segundo afirmou, são centenas de tentativas de ataques que o país regista diariamente.

O CEO da TIS, Willian Oliveira, classificou de natural, os ataques cibernéticos que o sector bancário vem registando nos pagamentos electrónicos, pelo que os hackers tentam sempre aproveitar-se para tirar suas vantagens.

A sensibilização é também, na sua perspectiva, o caminho para evitar os ataques. Sublinhou, por outro lado, as estratégias e estratégias que vem sendo gizadas pelo ministério das telecomunicações, tecnologias de informação e comunicação social. Quanto ao sector das tecnologias, William Oliveira disse que as empresas já estão conscientes de que é melhor prevenir que assumir as consequências de um ataque cibernético.

Entretanto, referiu que as empresas fora do sector das telecomunicações é que estão atrás, pelo facto de ainda olharem para a cibersegurança como um custo e não um investimento.

“Mutas vezes eles não percebem que o custo de [reparar] um ataque é muito maior que o investimento que se faz para se proteger”, sublinhou, advogando a tomada de decisão de forma célere com vista a proteger as instituições.

De Moçambique veio o director geral da Vodafone, Sérgio Gomes, pioneira na criação de carteiras móveis, disse que o segredo do sucesso para pelo investimento na inclusão financeira de todos os cidadãos, principalmente nas regiões fora dos grandes centros comerciais, compreendendo a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro, adaptando à realidade e às necessidades das pessoas nas suas localidades.

Painéis

O mobile money como caminho para promoção da inclusão financeira” foi o primeiro tema discutido por Gulamo Nabi, PCE da UnitelMoney, Bruno Freitas Pinto, Director de Marketing do Banco Atlántico, e Kátia Conceição, PCE da Afrimoney.

O segundo painel, subordinado ao tema inovação tecnológica nos sectores de pagamentos electrónicos em África, foi discutido por Nuno Veiga, CEO da Pay4ALL É-kwanza BAI; Fátima Almeida, Sérgio Gomes e Victor Rodrigues, da Innovation Markers.

O chefe de Departamento de cibersegurança do INFOSI, Delvi Silva, participou, juntamente como William Oliveira, Luima Vaz da Conceição e Sandro Aveleira, do painel que teve como tema cybersegurança em Angola: desafios, oportunidades e estratégias para um ambiente digital seguro.




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD