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Especialistas divididos sobre interesse do Governo em implementar as autarquias

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A falta de aprovação do último pacote legislativo autárquico está na base da não implementação até agora das eleições autárquicas em Angola.

O Presidente da República, João Lourenço, disse durante o Discurso à Nação que “…é falsa e enganadora a narrativa que se vai criando e disseminando, segundo a qual a institucionalização das autarquias depende apenas da vontade do Presidente da República e Titular do Poder Executivo que, se estivesse interessado, com um simples acto administrativo, já teria convocado as eleições autárquicas, mesmo sem que a Assembleia Nacional conclua com a aprovação do pacote legislativo em sua posse.

João Lourenço assegurou que “simplesmente não é possível acontecer, porque tal acto seria nulo”.

Sobre o assunto, o jurista, Nadilson Paim, disse que o Presidente da República, que é também líder do MPLA, único grupo parlamentar com capacidade de influenciar o agendamento da discussão, na Assembleia Nacional. A UNITA não pode fazer passar essa intensão tendo em conta ao figurino do hemiciclo angolano.

Já, o académico, Deodato Francisco, considera a oposição de agir de má-fé, ao acusar o Presidente da República de estar por trás do atraso na implementação das autarquias, uma vez, que, criou-se uma comissão parlamentar composta por deputados do MPLA e da UNITA que trabalham para encontrar consensos nos pontos divergentes.

Nadilson Paim, é de opinião que o discurso do Presidente da República é inteligente para convencer a sociedade, tendo em vista o regimento interno da Assembleia Nacional, e a dependência partidária dos parlamentares.

Deodato, diz que o discurso do Presidente da República, João Lourenço, reafirmou que o Executivo está empenhado em criar as condições para a implementação das autarquias, basta constatar que as iniciativas legislativas autárquicas, são na sua maioria do Presidente da República.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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