Politica
Especialistas consideram “profano” exclusão de Jonas Savimbi e Holden Roberto na atribuição de medalhas
O analista político Joveth de Sousa entende que a atribuição de menção honrosa a estas figuras é necessária por serem os percursores dos acordos que ditaram o alcance da independência nacional, pelo que considera profano a negação deste direito.
Já o politólogo Agostinho Sicato, considera de um reconhecimento merecido dos signatários dos acordos de Alvor e, dos pais da independência nacional, enquanto únicos representantes do povo angolano.
Os líderes históricos da UNITA e da FNLA, não vão ser contemplados, a título póstumo, com a Medalha da Classe de Honra.
Os deputados aprovaram esta quarta-feira, 12, na especialidade a Proposta de Lei das medalhas criada por ocasião do 50º aniversário da Independência Nacional com 24 votos a favor, 10 contra e uma abstenção, estando assim criadas as condições para votação final global do diploma no dia 19 deste mês, medida que afasta Jonas Savimbi e Holden Roberto.
Os líderes históricos da UNITA e da FNLA, não vão ser contemplados, a título póstumo, com a Medalha da Classe de Honra.
Os partidos, acusam o MPLA de estar a “silenciar” o papel que estas figuras tiveram no processo da independência de Angola em 1975, sendo que das figuras históricas com lideranças partidárias apenas Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos serão contemplados por terem sido Chefes de Estado.
Já o antigo secretário-geral do MPLA, Álvaro Boavida Neto, questionou se o Acordo de Alvor é importante para os angolanos ou não e defendeu a necessidade de haver consensos sobre este reconhecimento.
Lembrar que a Medalha da Classe de Honra, segundo a Proposta de Lei, é atribuída a Chefes de Estado e Chefes de Governo, bem como a outros altos dignitários, nacionais ou estrangeiros, que tenham contribuído de modo especialmente relevante para a Independência da República de Angola, para o alcance da paz e para o seu desenvolvimento nacional.