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Especialistas africanos expectantes com presidência de Angola na União Africana

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O Presidente da República, João Lourenço, chegou nesta quinta-feira, 13, em Adis Abeba, Etiópia, sede da União Africana, onde tomará posse da Presidência rotativa do órgão máximo do continente.

João Lourenço vai receber o testemunho das mãos do chefe de Estado da Mauritânia e actual Presidente da União Africana, Mohamed Ould Ghazouani.

Esta, é a primeira vez na história de Angola que um Presidente assume a liderança da União Africana, facto que coincide com o ano da comemoração dos 50 anos da Independência Nacional.

Os desafios do estadista angolano em frente da principal montra da política do continente, o especialista moçambicano, Arsénio Cuco, diz que Angola é grande protagonista na pacificação do leste da RDC, e fala do terrorismo em Moçambique para além dos países da região do Sahel, cujos governos conquistaram poder por via de golpes de estado, constituem desafios do Presidente João Lourenço.

“João Lourenço vai assumir o controlo da União Africana num momento em que o continente encontra-se mergulhado em várias crises, com destaque para o dossiê RDC, do qual Angola é um dos principais protagonistas, mas também temos as situação do terrorismo em Moçambique, pala além dos já conhecidos problemas da região do Sahel. São questões que o presidente angolano também vai ter que enfrentar neste momento”, afirmou.

Por seu turno, o jornalista Bissau guineense, Cândido Camará, destaca a paridade do género no consulado de João Lourenço, que arranca no sábado próximo, dos 35 candidatos, 19 são mulheres, comparativamente a eleição de 2021, que apenas 26 dos 89 candidatos eram mulheres, o que representa um aumento significativo da representação feminina, em todos órgãos da União Africana.

“As eleições de todos os cargos que integram a Comissão da união africana, presidente, vice-presidente e comissários, passam a estar condicionadas pela paridade de género, garantiu.

O profissional guineense radicado em Dakar, Senegal, fala dos objectivos da Cimeira de Chefes de estado, entre a instabilidade política RDC, na Guiné-Bissau, Moçambique e as relações da União Africana com a China e com os EUA, poderão dominar o encontro.

“O principal objectivo desta cimeira de chefes de Estado da União Africana é os peritos nos domínios dos conflitos de guerra e conflitos institucionais em África. Vão analisar a situação afincadamente durante estes dois dias”, disse.

Já, o angolano e economista, Pedro Cajama espera que os países africanos tirem bom proveito das excelentes relações de Angola com os EUA.

“Um dos desafios para Angola é que hoje a África enfrenta grandes problemas macroeconómicos, aquilo que nós consideramos como males da economia. Podemos aqui citar a inflação alta, taxa de desemprego elevadíssima, dívida pública cada vez mais a aumentar”, considerou.

O também comentador desta Rádio, que Angola enfrenta desafios económicos complexos, desde a instabilidade política regional até à necessidade de adaptação ao cenário económico global.

“Hoje, como nós sabemos, um dos grandes conflitos que Angola precisa resolver e, com maior urgência possível, é o conflito na RDC. Este conflito tem uma motivação económica”, adiantou.

A sede da União Africana, em Addis Abeba, República Democrática Federal da Etiópia, acolhe desde a manhã desta quarta-feira, 12 de Fevereiro, a 46.ª Sessão do Conselho Executivo da UA, antecâmara da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do continente africano, agendada para os dias 15 e 16 do corrente mês na capital etíope.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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