Sociedade
Especialista critica mercantilização do namoro em dia de São Valentim
Celebra-se nesta sexta-feira, 14 de Fevereiro, o Dia dos Namorados, uma data marcada por troca de presentes entre parceiros.
Sobre o assunto, o antropólogo Miguel Quimbenze criticou aquilo a que chamou de mercantilização do amor que se vive nos dias de hoje, afirmando que nos tempos idos o exercício do namoro era feito de forma diferente onde o processo do casamento era exclusivamente tratado pelas famílias.
O especialista justificou a sua abordagem para se evitar correr riscos de se escolher parceiras que não se encaixem com os princípios de outrem.
Miguel Quimbenze afirmou que são valores que a actual geração encara como atrasados. O antropólogo defendeu o resgate da autoridade dos pais em orientar os filhos na escolha da parceira, recorrendo-se a uma avaliação do ponto de vista comportamental.
O especialista destacou que são os valores que vão determinar a constituição da família, pelo que defende a sua reestruturação para se combater a mercantilização do namoro.
Já os populares ouvidos pela Rádio Correio da Kianda falam da perda de valor da data que transformam agora o “São Valentim” em práticas comerciais, enquanto outros se mostram-se expectantes até ao cair da noite.
A efeméride surge, segundo reza a história, quando o imperador romano Cláudio II ordenou a morte de Valentim, por violar a sua ordem que proibia a realização de casamentos, que de acordo com o imperador os combatentes solteiros tinham melhor desempenho nas batalhas.
O bispo católico desrespeitou o decreto imperial, realizando casamentos, sendo que o segredo foi descoberto e Valentim foi preso, torturado e condenado à morte.
Executado no dia 14 de Fevereiro do ano de 269, a data deu origem ao Dia dos Namorados. Antes de morrer, Valentim conseguiu enviar e receber algumas cartas ainda na cadeia, a filha do carcereiro, de quem teria ficado amigo, facto que originou a troca de cartões, os chamados “valentines”.
A cidade capital angolana vive neste momento, um ambiente calmo, cenário que pode alterar-se ao cair da noite, altura em que se tem registado um movimento diferente lugares de restauração e nas feiras montadas um pouco por toda Luanda.