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Especialista alerta para máxima prudência no julgamento envolvendo ex-presidente da RDC
O especialista em Ciência Política, Crisóstomo Chipilica, apela para a observação do cuidado no tratamento do julgamento envolvendo o ex-presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila.
O ex-estadista daquele país africano é acusado de traição, participação num movimento insurreccional, crimes contra a paz e a segurança da humanidade, homicídio doloso, violação e tortura.
Para Chipilica, o facto de se tratar de um julgamento político envolvendo a figura em causa, deve também implicar a observação da aplicação de medidas pacificadoras em detrimento da justiça, pelo que, na sua visão, os tribunais devem agir com a máxima prudência.
“É necessário que os tribunais, que não são tribunais imparciais, em conexão com o presidente Félix, tenham a responsabilidade que o Congo vive um problema de instabilidade existencial”, avançou.
Crisóstomo Chipilica, disse que a má gestão deste julgamento pode causar uma revolta da população simpatizante de Joseph Kabila, que observou alguma estabilidade na administração do ex-presidente.
Importa referir que os procuradores da República Democrática do Congo (RDCongo) retiraram esta sexta-feira o pedido de pena de morte para o ex-Presidente Joseph Kabila, passando a pedir prisão perpétua e uma indemnização de cerca de 25 mil milhões de euros.
O primeiro presidente do tribunal militar, Joseph Mutombo, indicou que o tribunal considera que está “suficientemente informado” e que se pronunciará “dentro do prazo legal”, sem, contudo, especificar uma data para a decisão.