Economia

Especialista alerta para “capacitação de técnicos nacionais em matéria de agronegócio”

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O engenheiro agrónomo Adérito Costa, disse esta terça-feira, 23, à Rádio Correio da Kianda, que apesar de considerar benéfica a ideia de criação de pólos de produção agrícola mais ao norte do país, ser necessário a apostar também na formação dos quadros nacionais, para que estes a médio e longo prazo, sejam os dirigentes e executores destes projectos.

A reacção do especialista surge na sequência da informação segundo a qual, o Executivo angolano vai conceder terrenos a empresários brasileiros e chineses para implantação de pólos de produção agrícola em diferentes províncias do país, entre as quais Malanje e Cuanza-Norte.

Adérito Costa defende por isto uma aposta da formação técnica aplicada, diferenciada das leccionadas apenas em salas de aula, o que na sua opinião tem contribuído para a pobre capacidade de resposta que o país regista em termos de mão-de-obra nos técnicos de agricultura.

O especialista destaca o impacto positivo desta parceria estratégica, pelo facto de o Brasil ser potencia no agronegócio e a China em tecnologia.

“É importante aproveitarmos estas experiencias para a nossa própria potencialização” frisou.

Com uma dimensão de 800 mil hectares, vão ser instaladas fazendas nos terrenos com vista a produzir e exportar, em grande escala, soja, milho, algodão, laranja, carnes (bovina, de aves e suína), entre outros produtos, que o Brasil e a China se destacam na sua produção.

De acordo com o ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, os governos de Angola e do Brasil consertam medidas de estímulos à produção, que vão além da concessão da terra, e pretendem incluir as comunidades locais no processo produtivo.

O Fundo Soberano de Angola terá igualmente uma comparticipação das garantias do financiamento até a recuperação do investimento, com o início das exportações dos produtos.

Às entidades empresariais brasileiras, o ministro Isaac dos Anjos afirmou que haverá ainda o envolvimento de dois bancos angolanos para o financiamento das operações da logística interna e cobertura de custos locais por um período de três a cinco anos.

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