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Escritor angolano questiona viagens de João Lourenço em tempos de crise

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AO PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO

Vossa Excelência, Senhor Presidente da República,

General João Manuel Gonçalves Lourenço;

Na qualidade de cidadão angolano, eu, José Carlos de Almeida, gostava de saber quanto custou aos cofres do estado as despesas da última vista de Vossa Excelência e sua delegação a Portugal. Espero que alguém, sob sua orientação, fizesse esse esclarecimento, mencionando os valores relacionados com os custos do aluguer do avião (eventualmente o valor do seu parqueamento e da taxa de sobrevoo), a sua hospedagem e dos membros da sua delegação.

Creio que os gastos foram elevadíssimos, facto que é preocupante tendo em conta a situação económica que o nosso País experimenta.

Com efeito, devemos desistir de todas as práticas eduardistas, que tenham causado prejuízos económicos ao País, nomeadamente, no que toca ao despesismo.

Por causa da difícil situação económica que Angola enfrenta, muitas instituições do estado só conseguem realizar alguns eventos ou materializar os seus projectos, graças ao apoio de algumas empresas pública e privadas e o patrocínio patriótico de alguns angolanos, não deixando de mencionar o apoio da comunidade internacional. Por consequência, é muito importante que tenhamos em conta o valor de certas despesas, de modo a se evitar eventuais incoerências.

Vossa Excelência, Senhor Presidente, gostei do lema, que serviu de base da sua campanha eleitoral: «Corrigir o está mal e melhor o que bem», conquanto faltasse a ideia de «conservar o que está feito». Acho que todos os angolanos devem, a todos os níveis, ter pensamento e atitude consentâneos com o lema referenciado, o qual apoio incondicionalmente.

«Melhorar que está bem; corrigir o que está mal» e «conservar o que está feito» deve ser uma filosofia de vida para todos os angolanos. Nas escolas, deve ser inculcado esse espírito aos alunos e estudantes.

O que peço e espero de Vossa Excelência é que haja congruência entre, por um lado, o seu lema de campanha e os seus discursos e os seus actos, por outro lado. A sua credibilidade depende dessa coerência, que é exigível aos discursos e actos dos seus assessores e membros do Executivo.

Vossa Excelência, Senhor Presidente da República, General João Manuel Gonçalves Lourenço, espero que esta minha carta aberta tenha resposta.

Queira Vossa Excelência aceitar os meus cumprimentos carregados elevadíssima consideração!

Seu compatriota e correligionário,

José Carlos de Almeida (Joseca Makiesse)

E-mail: jca1203@yahoo.com

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