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Escritor angolano Kalaf Epalanga apresenta “Também Os Brancos Sabem Dançar”

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O músico e escritor angolano Kalaf Epalanga residente em Berlim, estará em Luanda a convite do colectivo cultural Pés Descalços em parceria com o Goethe-Institut Angola, para fazer o lançamento do seu mais recente livro, “Também Os Brancos Sabem Dançar” (edição Caminho).

A obra de auto-ficção retrata um episodio em que o músico e escritor Kalaf Epalanga, membro da banda Buraka Som Sistema, dirige-se de autocarro da cidade sueca de Gotemburgo para Oslo, a capital da Noruega, onde vai actuar nessa noite no festival OYA.
Como não tem um passaporte válido para mostrar é detido por tentativa de imigração ilegal e conduzido à esquadra da polícia para interrogatório. Aflito perante a iminência de perder o concerto, interroga-se: como vou explicar a estes polícias noruegueses que, apesar do meu aspecto pouco comum por estas paragens não sou mais que um pacífico músico angolano em digressão? Conseguirei explicar-lhes quem são os Buraka Som Sistema? Falo- lhes da cena musical de Lisboa? De como nasceu o Kuduro num musseque de Luanda? Eles irão perceber? Esta é a história deste extraordinário e surpreendente livro de Kalaf Epalanga.

O evento de lançamento do livro será no dia 9 de Novembro (sexta-feira) as 18H:30 no Elinga Teatro. Na apresentação do romance, Kalaf Epalanga vai participar de uma conversa com a actriz Tânia Burity e o analista social Tiago Costa.

Kalaf Epalanga, é músico, cronista e editor discográfico. Nasceu em Benguela, em Fevereiro de 1978, cresceu numa família de funcionários públicos, com ligações a vila da Catumbela, lugar que visita com regularidade, na tentativa de traçar um mapa afectivo com as pessoas e lugares que habitam a sua memória. Na segunda metade dos anos 90 mudou-se para Lisboa, com o objectivo de obter a melhor formação académica possível e regressar a Angola. No entanto, esses dois desejos sofreram um desvio quando se viu sem as rédeas familiares e um mundo novo a revelar-se diante de si. Optou por mergulhar e aprendeu com quantos baldes de cimento se faz uma parede e qual o ponto de cozedura do arroz para sushi. Aprendeu a gostar de Jazz e a apreciar arte e design tão intensamente que o regresso a Angola ficou adiado por tempo indeterminado.

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