Sociedade
Escola Angola e Cuba será demolida
A escola Angola e Cuba situada no município do Cazenga, ao contrário da reparação que estava definida anteriormente, será demolida completamente para que se construa uma nova instituição de ensino no local.
Estudos feitos no exterior do país indicaram que as estruturas da escolas estão muito comprometidas, correndo o risco de desabamento.
O Administrador do Cazenga, Victor Nataniel Narciso, disse em declarações à Angop, que infelizmente, ao começar-se a reparação da escola a empresa responsável reparou que havia desabamento nas suas estruturas.
Segundo o responsável, era necessário que se encerrasse a escola Angola e Cuba e que se fizesse um estudo adequado sobre a instituição. “A escola Angola e Cuba só foi contemplada no orçamento de 2017 e para 2018 está projectado a construção, fiscalização e ainda o apetrechamento do local”.
Quando foi decidido fechar-se a escola Angola e Cuba porque já havia vestígios de que podia desabar, encontraram-se alternativas e nenhum aluno ficou sem estudar, sendo todos enquadrados em outros estabelecimentos de ensino.
A escola do I ciclo do ensino secundário, com 25 salas de aulas, é uma das mais antigas do município do Cazenga. Foi erguida por técnicos cubanos, no quadro da cooperação entre Angola e Cuba, dois parceiros estratégicos, desde a década de 1970.
Tany Narciso disse que desde o inicio da crise económica, no segundo semestre de 2014, a execução do Orçamento deixou de ser regular e acontecia a conta gotas.
Em função disso, prosseguiu, grande parte dos projectos que foram aprovados não puderam ser executados, foi-se fazendo aquilo que se podia fazer. Os orçamentos chegavam no mês de Agosto ou Setembro, já sem solubilidade financeira e os projectos foram se ajustando de acordo com a disponibilidade financeira.
Em 2007 e 2008 foram feitas algumas obras paliativas das vias terciárias e secundárias, e inclusive pavimentadas, mas não tinham o sistema de drenagem adequado, dai que elas tiveram pouca durabilidade.
Em relação as vias primárias estruturantes foram executadas algumas, não na sua totalidade, portanto pavimentaram-se a Rua dos Comandos, Deolinda Rodrigues, Avenida Ngola Kiluanje, a Rua do Patrício, uma parte da Sétima Avenida, tendo ficado de fora por exemplo a Rua do Funchal e a Rua Porto Santo.
Parte da Sétima Avenida ficou por se fazer, a oitava Avenida ficou sem asfalto de novo, assim como as vias terciárias que tiveram muito pouco tempo de durabilidade, não tendo ultrapassado os seis e sete meses, referiu.
O administrador reconheceu que nunca houve de facto saneamento básico em condições no município, pois o problema do saneamento é uma componente que inclui desde a recolha de lixo, fornecimento de água potável, tratamento dos esgotos e outros componentes.
“Nas vias principais foram colocados colectores que iam encaminhar as águas pluviais para as respectivas valas, seguindo para as estações de tratamento. Mas isso não aconteceu, iniciou-se o tratamento das valas, os colectores foram colocados mas não estão interligados”, esclareceu.
De acordo com Tany Narciso, a recolha de lixo já esteve muito melhor no Cazenga, mas por incapacidade e dificuldades da empresa operadora existe um problema muito sério na questão da retirada de lixo, e devo dizer que em relação ao saneamento básico há bastante por se fazer.
O Cazenga deu passos muito grandes e se não fosse a situação económica e financeira teriam sido feitos muitos mais avanços.
Acredita que as autarquias vão ajudar no sentido de por em prática o que esta projectado para o desenvolvimento do município do Cazenga, aprovado no seu Plano Director e no Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDGM).
Cazenga, um dos nove municípios da província de Luanda, conta com os distritos urbanos do Tala-Hadi, Hoji ya Henda, Cazenga, 11 de Novembro Kima-kieza e Calwenda.