Sociedade
“Empresas preocupadas com a normalização e certificação da qualidade”- INIQ
Terminou nesta sexta-feira, em Luanda, o 4º Congresso da Associação Angolana de Manutenção de Activos, durante o qual, especialistas do sector discutiram temas de interesse público. À imprensa, a responsável do INIQ garantiu serem muitas as empresas que estão preocupadas com a normalização e certificação da qualidade.
A chefe do departamento de normalização, avaliação de conformidade e de informação do Certificação do Instituto Nacional da INIQ defendeu, no congresso, necessidade de tornar mais robusto o quadro normativo do país, por ser uma temática que abrange de forma transversal diversos sectores da vida do país, com a participação de agentes. Entretanto, classificou de “tímido” o envolvimento das entidades que deviam analisar as normas se respondem ou não às necessidades do mercado.
“Posso garantir que existem empresas que olham para a normalização e estão preocupados com a qualidade”, afirmou.
Joana Leandro citou como exemplo o facto de que na eventualidade de se criar uma norma em relação a água, deve-se trabalhar com entidades que lidam directamente com este sector, como académicos, empresas cujo objecto social é a produção da água, para opinarem sobre os requisitos espelhados na norma.
Disse ainda que a entrada em funcionamento efectivo do Conselho Nacional da Qualidade poderá vir a melhorar esta questão, na medida em que a opinião dos seus membros passa a ser determinante para a determinação da obrigatoriedade de certificação de determinados produtos.
A responsável recordou o recente encontro de trabalho em que foi decidida a revitalização do Conselho, cuja existência, do ponto de vista jurídico data de há mais de 10 anos.
Sobre a actividade de certificação, Joana Leandro disse que no país existem várias empresas a actuar, mas lamenta o facto de não haver ainda uma instituição do governo com a atribuição de certificação de produtos, quer sejam para uso interno como também para a exportação.
Garantiu que o país já pode fazer a certificação das empresas e dos produtos. Admitiu, por outro lado existirem empresas que atuam no mercado angolano, mas que vêm o seu produto regeitado no exterior, quando fazem a exportação. Defendeu que as empresas que pretendam exportar devem antes certificar-se, cumprindo com os requisitos impostos, sob pena de ver-se rejeitado.
Disse ainda que a não certificação de produtos, serviços e marcas tem feito com que as empresas comecem a ter problemas, levando algumas a encerrar.
Para o processo de avaliação de conformidade dos produtos na busca por certificação, Joana Leandro disse que a regra passa por observar e apresentar a especificação técnica, realização de ensaios em laboratório acreditado, verificação do produto do controlo de produtos ou serviços e a realização de auditoria.