Sociedade
Empresas de transporte público acusadas de desviar das rotas definidas
As rotas rodoviárias pré-definidas para as empresas de transporte público de passageiros, na província do Moxico, não estão a ser seguidas, de acordo com denúncias, confirmadas pelas autoridades.
As empresas de transporte público na cidade do Luena, província do Moxico, deixaram de seguir as rotas de circulação dos seus autocarros. Os cidadãos naquela região leste do país, dizem enfrentar dificuldades para a sua locomoção, por escassez de autocarros nas rotas.
Os cidadãos afirmam mesmo que dos mais 50 veículos que a província recebeu, estão apenas cinco a circular, o que tem criado constrangimento, pois vêm-se obrigados a disputar lugares com os estudantes.
Como alternativas, alguns munícipes preferem viajar em mototaxi, longas distâncias, o que no seu entender, constitui um perigo às suas vidas.
Já o director provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana do Moxico, Moises Cambembe, disse que a província recebeu 53 autocarros para o serviço de transporte público, mas a última vistoria feita apurou que deste número, apenas 39 estão em bom estado.
“Esses autocarros, se fossem colocados a disposição da população, não teríamos maiores problemas de mobilidade da população aqui na cidade do Luena”, afirmou.
Moisés Cambembe reconheceu que o “universo de estudantes” submetem-se a riscos elevados, fazendo-se transportar 3 a 4 pessoas numa mesma motorizadas de duas rodas para ir as escolas situadas fora do centro da cidade. Alguns, refere ainda o responsável, vão mesmo a pé.
Sobre as empresas de transporte público colectivo de passageiros, Moisés Cambembe afirmou que estas “não estão a cumprir com as obrigações”, apesar das reuniões que já tiveram com elas.
Garantiu que das visitas efectuadas às oficinas das operadoras, ficou apurado que nenhum autocarro está fora da província.
“A população está a sofrer de facto. Mas o problema é que as pessoas que receberam os autocarros é que não querem colocar os autocarros para cumprir com as rotas. As reclamações que [as empresas] apresentam, para nós não encontram colhimento, daí que nós temos que mudar mesmo. A população está a sofrer muito. E nós não podemos colocar sempre autocarros a guardá-los enquanto que há necessidade das pessoas se moverem”, afirmou.