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Empresas angolanas enfrentam maiores obstáculos ao financiamento na África Subsaariana, diz Banco Mundial

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O acesso ao financiamento continua a ser o maior entrave ao crescimento das empresas em Angola, onde quase 70% dos empresários apontam dificuldades em obter crédito  a taxa mais alta de toda a África Subsaariana, segundo o Banco Mundial.

A constatação faz parte do relatório “Pulsar de África”, divulgado esta terça-feira, 7, em Washington, nas vésperas dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

De acordo com o documento, a falta de capital para investir ocorre num contexto de desaceleração económica, com a instituição financeira internacional a rever em baixa a previsão de crescimento do país de 2,7% para 2,3% em 2025, devido ao fraco desempenho do sector petrolífero.

Apesar de o sector não petrolífero  com destaque para as áreas de informação e comunicação, restauração, indústria transformadora e extração de diamantes  continuar a impulsionar a actividade económica, o esgotamento dos campos petrolíferos e o desinvestimento no sector energético limitam o ritmo da recuperação.

O Banco Mundial prevê que Angola cresça 2,6% em 2026 e 2,8% em 2027, com uma inflação acima dos 20% este ano, recuando gradualmente para 14,7% e 12,6% nos dois anos seguintes.

A nível regional, Angola deverá continuar abaixo da média de crescimento da África Oriental e Austral, que ronda 3,2% este ano e acelera para mais de 4% até 2027.

No capítulo sobre o acesso ao financiamento, o Banco Mundial salienta que, enquanto apenas 9% das empresas vietnamitas e 15% das indonésias consideram o crédito um obstáculo “muito grave”, em Angola essa preocupação atinge quase sete em cada dez empresários, superando países como Benim (56%), Mali (59%) e Costa do Marfim (51,8%).

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