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Opinião

Empresários ligados à oposição contribuem para desgraça de cidadãos

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O título deste texto rigorosamente opinativo – lavrado com base aos dados em nossa posse, é sugestivo e ousado, dado o facto de se tratar de um assunto relatado com fortes tabus.

Não obstante a saída de José Eduardo dos Santos ao poder ser vontade de várias almas angolanas – pois tal é natural, até Deus, segundo a mitologia cristã, enfrentou a oposição de uma das suas criaturas. A verdade porém, no contexto angolano, é que alguns líderes da oposição transformaram o exercício oposicionista como uma forma de ocultar o desdém que nutrem sobre os pobres e amealhar mais alguns tostões com recurso a mão-de-obra barata, só comparado ao tempo colonial. Vamos clarificar.

Ora, segundo os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), fruto do Censo Populacional e Habitação, levado a cabo pela referida instituição, nos dias 16 a 31 de Maio de 2014, a juventude é a maior franja populacional angolana. No ínterim, se tivermos em conta o perfil exigido pelas empresas quando pretendem recrutar mais gente para o seu quadro de pessoal, associado ao ódio doutrinado por muitos dos dirigentes da oposição, durante os comícios, palestras etc, facilmente perceberemos que os jovens ideologicamente de esquerda e que face a tudo já vertido, avessos à administração de José Eduardo dos Santos, têm mais dificuldades em encontrar o primeiro emprego, daí, os mais desprovidos do ponto de vista financeiro – situação que tem condicionado a sua ascensão académica, social e política.

No entanto, diante da infeliz realidade, para manter o fogão aceso em casa e garantir saúde à esposa e aos filhos, muitos destes jovens (partidários e apartidários) sedentos pela mudança governativa, vêem-se impelidos a trabalhar nas empresas ligadas aos partidos de oposição ou nas empresas de alguns dirigentes destas organizações políticas.

Para o azar de muitos dos rapazes, embora não se trata de uma situação generalizada, pedem emprego àqueles políticos-empresários, cujas práticas são deveras um contraste aos discursos.

Boa parte destes dirigentes que por ética e respeito às suas famílias nos escusamos a fulanizá-los, construíram “muros de dinheiro”, fruto do trabalho destes jovens levados a crer que o melhor caminho para o sucesso social é e era o de retirar o MPLA do poder, daí, a opção em não colaboração com o actual governo.

Para além de apregoarem aos jovens de que não deviam se preocupar com o dinheiro, mas sim com o trabalho e na luta contra “o regime”, alguns destes demagogos oposicionistas acusam o Presidente da República de insensibilidade e arrogância, mas eles revelam-se piores do que o estadista angolano, dado o facto de se recusarem a ajudar um empregado quando se encontra doente ou tenha enterrado um ente.

O aqui vertido pode parecer irónico ou repleto de inverdades com objectivo de macular o bom nome e a imagem destes ilustres dirigentes, mas não!

Pois, em muitas das empresas de investidores ligados à oposição, a ascensão socioeconómica só é visível aos trabalhadores do sexo feminino. Já os rapazes se deparam com graves violações de seus direitos constantes na Lei Geral do Trabalho (LGT) e não só.

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